Perguntas a responder
O anúncio da duplicação da rodovia Comendador Pedro Monteleone movimentou a região, esta semana. Em Palmares Paulista, autoridades se reuniram para a apresentação formal do projeto, que começará no segundo semestre de 2026, avançando por quatro anos. Na visão dos que se revezaram em discursos durante o evento, a obra representará progresso e segurança viária. Nas redes sociais, os comentários foram bem positivos pelo desenvolvimento que isso poderá trazer. No trecho que passa por Catanduva, a popular “Rodovia da Laranja” – apelido que talvez até esteja se perdendo – já foi sinônimo de acidente. Os mais antigos vão se lembrar, quando a pista era única, que muitas famílias temiam que seus familiares optassem pelo percurso ao passar pela cidade. Muita gente optava por seguir pela Washington Luís, fazendo o caminho mais longo, ainda que um dos acessos que a Pedro Monteleone possui fosse mais próximo. Com a duplicação do trecho urbano, as coisas melhoraram, mas quem faz uso do trajeto até Bebedouro de forma corriqueira sabe que a rodovia ainda representa perigo. O fluxo de veículos pesados é grande, dificultando ultrapassagens e abrindo oportunidade para que a imprudência ganhe luz. Apesar de todos os pontos positivos, a Prefeitura de Catanduva precisa ficar atenta e analisar o projeto, já que faltam detalhes e perguntas a responder. Há tempos a cidade almeja acessos para os bairros que margeiam a rodovia em seu trecho de pista única, como a Morada dos Executivos e o Polo Raul de Carvalho. Como esses loteamentos serão atendidos diante da duplicação? As vias marginais serão mantidas? Haverá alças de acesso ou trevos? Outra demanda é o sonhado viaduto que daria acesso à região do Nova Catanduva, que certamente não está previsto no contrato de concessão da Ecovias Noroeste Paulista, mas muito interessa à cidade. Ele poderá ser feito de alguma forma? Qual o caminho para que isso aconteça? As cartas estão na mesa.
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