Copa SP em Catanduva poderá custar quase R$ 250 mil

A Prefeitura de Catanduva publicou ontem, no site da Transparência Municipal, as informações relativas às duas licitações para realização da Copa São Paulo de Juniores, torneio de futebol Sub-20 promovido pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Juntas, elas poderão alcançar o valor de quase R$ 250 mil.

Alimentação e hospedagem

A maior das licitações é para serviços de hospedagem, na primeira quinzena de janeiro do ano que vem. O valor máximo previsto no edital de licitação é de quase R$ 150 mil. Em seguida, vem a alimentação, cujos custos poderão chegar a R$ 95 mil. O resultado das duas licitações será conhecido em 12 de dezembro.

Quem paga?

Por ora, não está claro de onde sairá o dinheiro para o pagamento desses custos. Em edições anteriores da competição, uma parte dos gastos foi bancada pela FPF, enquanto o restante ficou a encargo dos municípios que toparam sediar o campeonato. Vejamos como será neste ano.

Legado?

Quem assiste à Copa do Mundo, evento que atrai milhões de turistas endinheirados de todo o planeta, prontos a despejar seu dinheiro no Catar, talvez possa julgar que é sempre boa a ideia de sediar eventos esportivos. Mas tudo depende do contexto e do torneio. Apesar de ser a mais tradicional competição Sub-20 do Brasil, ela está longe de movimentar multidões. Quase não há casos de turistas que se deslocam por grandes distâncias para assistirem aos jogos da Copinha, ainda mais em confrontos entre times sem nenhuma tradição no futebol. Então, no fim das contas, esse é um tipo de investimento que quase nunca dá retorno ao conjunto da população. Só aos clubes e indivíduos que se beneficiam diretamente.

Política e futebol

Com o enfraquecimento dos campeonatos estaduais e no contexto em que os grandes clubes – que são os que de fato movimentam o futebol – voltam suas atenções, cada vez mais, para competições rentáveis como Brasileirão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores, a FPF precisa buscar meios de manter sua influência política. Uma das estratégias é afagar o ego de prefeitos e de dirigentes de clubes pequenos, com essa escolha para sede da Copinha.

Brasileirão raiz

O futebol sempre teve relações com a política no Brasil. Nos tempos da ditadura, nos anos 70, a Confederação Brasileira de Desportos (CDB), antecessora da CBF, costumava promover clubes inexpressivos à elite do Brasileirão, como forma de agraciar caciques políticos locais. “Onde a Arena (partido do governo) vai mal, mais um time no Nacional. Onde vai bem, outro também”, era o ditado recorrente na época. Foi assim que, em 1979, o Campeonato Brasileiro atingiu a marca de 94 clubes.

Homenagem

O prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) sancionou projeto de lei que batiza a escola municipal de educação infantil do Nova Catanduva com o nome do falecido ex-vereador Vanir Martinho Braz. Conhecido por sua atuação em diversas entidades assistenciais de Catanduva, em especial a Apae, da qual foi presidente, ele também teve uma participação destacada na política do município. Seu último mandato na Câmara Municipal foi na legislatura de 2009 a 2012, pelo PSDB. Vanir faleceu em 2021.

Agora é lei

Foi publicada ontem, no Diário Oficial do Município, a sanção de Padre Osvaldo ao projeto de Maurício Gouvea, que institui o Refis em Catanduva. O programa de recuperação fiscal propicia condições vantajosas e descontos para contribuintes quitarem débitos relativos a taxas, tributos e tarifas municipais. Com a publicação, a proposta passa a vigorar como lei.

Então, é Natal

Divulgamos aqui, há alguns dias, sobre o atraso da licitação da decoração natalina em Catanduva. Ontem, Padre Osvaldo autorizou gastos de mais de R$ 10 mil para a compra de adornos para serem usados na decoração natalina. Será isso resultado da pressa? É interessante esse tipo de investimento, considerando-se que já há um processo de compra sendo feito...