PENEIRA FINA – 28.03.23
Até quando conviveremos com ataques perpetrados em escolas?
Ontem, a opinião pública ficou chocada com o caso do adolescente de 13 anos que assassinou uma professora de 71 anos a facadas e ainda feriu colegas, caso este ocorrido em uma escola estadual na cidade de São Paulo. Situações como esta, que pareciam estar distantes de nossa realidade, vão se tornando cada vez mais corriqueiras. A pergunta que fica é: até quando pessoas inocentes tombarão nas mãos de covardes traiçoeiros?
Politicagem
Um aspecto que chama a atenção, em casos como o ocorrido ontem, é o modo desesperado como políticos profissionais e seus fã-clubes tentam partidarizar a tragédia, como se ela pudesse ser colocada na conta dos adversários ou evitada com soluções demagógicas. No fim das contas, os pesares demonstrados para com as vítimas são sempre protocolares. E ninguém problematiza a situação do homicida. Embora ela tenha cometido o crime, ele não é responsável de nada, já que não passa de um títere de ideias atribuída a políticos do outro espectro ideológico. Podem reparar nos discursos nas redes. Estão nesse nível. O que é de se lamentar, ao mesmo tempo em que demonstra as razões de termos chegado perto do fundo do poço.
Questionamentos
Se existem pessoas ou grupos aliciando adolescentes e induzindo-os a praticar crimes contra a vida alheia, que medidas o poder público e as famílias têm tomado, visando coibir tais práticas? Atualmente, existe algum serviço de inteligência monitorando a Internet e as redes e investigando essas situações? E os pais e responsáveis, andam acompanhando aquilo que seus filhos fazem nas redes? E como anda a segurança nas escolas? Até quando adolescentes terão liberdade para levar objetos como armas de fogo, facas, drogas e bombas para dentro de escolas? Os gestores já ouviram falar em detector de metais e portas giratórias? Por outro lado, vale questionar: até que ponto alguém que pratica um homicídio a sangue frio pode ser de fato influenciado? Será mesmo possível recuperar alguém assim? São questionamentos que fazemos. Não estamos aqui para empurrar respostas a ninguém, mas apenas apresentar as perguntas.
Elogios
Membro do Conselho Municipal de Saúde e leitor assíduo de O Regional, o senhor Antônio Bento da Cunha entrou em contato com nossa redação para elogiar o editorial do jornal, publicado na última edição de domingo e que tratou dos avanços trazidos pela nova lei de licitações. Ele afirmou que o órgão está ao lado do bom senso e espera que as novas regras da licitação venham para ajudar a população. Antônio Bento também diz que, em especial na área da saúde, os processos licitatórios sempre geram muitas dúvidas e apreensões.
Vidas
O fato de os processos licitatórios na área da saúde gerarem dúvidas e apreensões na população se deve ao fato óbvio de que os serviços de saúde dizem respeito a questões de vida ou morte. Por isso, é tão importante que os contratos sejam cumpridos à risca, em benefício do povo.
Disque Denúncia
O prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) publicou decreto suspendendo a aplicação da lei que autoriza a criação do serviço de Disque Denúncia no município, a fim de acolher queixas de violência praticada contra as mulheres. A justificativa para a decisão é que a prefeitura obteve liminar na ação direita de inconstitucionalidade (Adin) movida junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A suspensão da norma ficará valendo até que o mérito do processo seja julgado, o que não tem data para ocorrer. A autora da lei, alvo desse questionamento jurídico feito pelo Executivo, é a vereadora Taise Braz (PT).
Mais uma suspensão
Em outro decreto publicado ontem, o prefeito também suspendeu um artigo de uma lei complementar nº 1019, de 03 de fevereiro de 2022. A decisão é motivada por uma liminar obtida pelo município em uma Adin movida junto ao TJ-SP e que afeta o artigo 6º da norma legal, até que o tribunal se manifeste em definitivo sobre o tema.
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