PENEIRA FINA – 23/08/2022

Stand up abençoado

No último fim de semana, o humorista André Santi esteve em Catanduva, para apresentação no Teatro Municipal. Lá pelas tantas, ele contou um episódio ocorrido durante sua última passagem pela cidade, quando três sacerdotes acompanhavam seu show de stand up. Quem acompanha esse tipo de evento sabe que costumam surgir piadas pesadas, direcionadas inclusive ao público. Uma delas tratou justamente de questões picantes e tinha padres como personagens. Segundo Santi, depois do show, os religiosos teriam entrado em contato com ele a fim de solicitar que o trecho, vamos dizer, comprometedor fosse retirado do vídeo do show.  

Prefeito padre

Santi usou esse causo para questionar a opinião da plateia acerca do governo de Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB). O comediante perguntou o que o prefeito-padre estaria fazendo em Catanduva. Durante alguns angustiantes minutos, o público não for capaz de indicar alguma realização do governo municipal. Até que algumas pessoas disseram: “Lombadas”. 

Lombada e igreja

Ao ouvir essa informação, o comediante perguntou: “Então o padre faz lombada?”. Diante da resposta positiva da plateia, ele emendou: “E reformar igreja?” - recebendo mais um “sim” como resposta. Para quem não se lembra, a reforma da Matriz de São Domingos foi o único projeto cultural cadastrado neste ano pela prefeitura no Proac, do Governo do Estado.  

Nessa casa tem goteira

A essa altura do show, as pessoas se animaram e uma delas gritou: “Tem uma goteira no palco, aí do seu lado”. Santi aproveitou para ironizar, dizendo que não era goteira, mas sim “água benta” enviada especialmente para ele.  

Novos assessores

A criação de novos cargos de confiança no serviço público municipal, apresentada como necessária pela Prefeitura de Catanduva, também é alvo de críticas feitas por uma parcela da população. No entendimento de alguns, esse tipo de nomeação serve para atender a interesses políticos de quem está no poder, ocupando espaço de alguém que poderia ser nomeado pelos méritos conferidos pela aprovação em concurso público.  

Debate sem fim

A grande verdade é que as discussões em torno do tamanho da máquina pública tendem a gerar um debate infinito. De um lado, temos uma concepção mais liberal da política, que é a favor da redução do estado, especialmente do número de funcionários e de seus benefícios, encarado, muitas vezes, como privilégios perante o restante da sociedade. De outro lado, temos aqueles que são a favor de uma máquina, vamos dizer, mais inchada e da maior participação do Estado na economia. Essa linha de raciocínio argumenta que somente sendo valorizado o funcionário poderá entregar bons serviços à população.  

Gastos x eficiência

A turma favorável ao enxugamento da máquina costuma ficar escandalizada diante dos aumentos com gastos em folha de pagamento. Eles acreditam que isso compromete a eficiência das contas públicas e coloca em risco a saúde financeira do município. Por outro lado, os defensores desse tipo de investimento afirmam que, no fim das contas, todo e qualquer aumento acaba voltando aos cofres públicos, na medida em que os servidores passam a consumir mais na cidade, gerando receitas em tributos e movimentando a economia.    

Queima do alho

No último fim de semana, acompanhando o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), o ex-vereador de Catanduva Julinho Ramos esteve em Barretos, onde prestigiou a tradicional Queima do Alho promovida por Os Independentes. O evento, que atrai milhares de pessoas de todo o Brasil, é parte da programação da Festa do Peão de Barretos, considerada a maior e mais tradicional do país. Neste ano, são esperados mais de 900 mil visitantes na atração, que gera cerca de 10 mil empregos temporários, além de atrair centenas de milhões de reais em divisas para aquela cidade.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.