PENEIRA FINA – 19/07/2022
Redução do ICMS
O período eleitoral anda mesmo fazendo milagres. Ontem, o Governo de São Paulo anunciou a redução da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o álcool combustível, passando de 13,3% para 9,57%.
Chegará ao consumidor?
A previsão do governo é de que a medida resultará em queda de R$ 0,17 no preço do litro de álcool combustível. Resta saber se a redução tributária será mesmo repassada ao consumidor. O Procon (pelo menos é o que tem sido anunciado) anda fazendo marcação cerrada sobre os postos de combustíveis, desde que houve a redução do ICMS da gasolina e do gás de cozinha.
Já havia caído
Vale lembrar que, tão logo foi anunciada a redução do ICMS da gasolina, o preço do etanol também acabou caindo por tabela. Nos locais onde o combustível custava R$ 4,29, o valor desceu para R$ 3,99. Em alguns estabelecimentos, o álcool é vendido a R$ 3,88. Vejamos se a tendência de queda vai se confirmar.
Quanto tempo dura?
A situação dos brasileiros em geral é muito complicada. Portanto, toda e qualquer medida que alivie o orçamento das famílias é bem-vinda. A dúvida é quanto tempo essas bondades vão durar. Em períodos normais, por exemplo, falar em redução de tributos era tratado como sacrilégio. A palavra de ordem, durante os mais de três anos em que João Doria (PSDB) permaneceu à frente do Palácio dos Bandeirantes, era economizar às custas do povo. Hoje, pelo visto, seu sucessor adota uma postura distinta. Como ficará, porém, depois da eleição? Será que virão com discurso para que a população se sacrifique para cobrir rombo disto ou queda de arrecadação daquilo? Quem viver verá.
Excesso de arrecadação
Embora alguns economistas mais ortodoxos critiquem as isenções tributárias, alegando que elas afetarão as contas públicas – reduzindo, supostamente, o dinheiro disponível para ser investido em áreas essenciais como educação ou saúde -, em São Paulo, especificamente, o governo tem margem de manobra para custear a queda de ICMS, graças aos excedentes de arrecadação. Pode parecer paradoxal, mas, mesmo em tempos de crise, nunca o Estado arrecadou tanto quanto agora.
Animal Planet
Nas últimas semanas, os avistamentos de animais têm sido comuns no movimentado Centro de Catanduva. Já tivemos rato, jiboia e capivara. Ontem pela manhã, foi a vez de um macaco, de espécie não identificada (provavelmente prego), dar o ar de sua graça na região entre as ruas Treze de Maio e Vinte e Quatro de Fevereiro. Fotos do macaco, com pouca nitidez, chegaram a circular por grupos de WhatsApp, causando certa comoção nas pessoas.
Macaco fujão
Entramos em contato com autoridades que atuam na área ambiental na cidade e elas confirmaram a presença do macaco no Centro, mas explicaram que o animal acabou evadindo-se, antes que pudesse ser capturado. Com o fluxo intenso de veículos existente no local, temos de torcer para que ele não seja atropelado por algum carro ou moto.
Queimadas
A presença de animais silvestres na área urbana é reflexo direto da destruição de seu habitat natural pelo ser humano, especialmente nesta época de seca e queimadas. Com a perda de seus lares e com menor oferta de água e comida, muitos bichos acabam se arriscando na selva de concreto, numa tentativa desesperada de sobrevivência. Um cenário catastrófico, que deveria causar indignação em quem preza a vida.
Projeto com catadores
A Paróquia Imaculada Conceição, antigo lar do prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), recebeu ontem uma cerimônia de entrega de carrinhos para catadores de reciclagem, projeto realizado pela Cáritas Diocesana em parceria com a cooperativa de crédito Credicitrus. Além do atual pároco Carlos Umberto Franquin, o bispo Dom Valdir Mamede também marcou presença no local. Já Padre Osvaldo não compareceu a este evento na paróquia.
Carrinhos de bebês
Vários dos catadores que serão beneficiados pelo projeto utilizavam carrinhos velhos de bebês para transportar os recicláveis. Isto para não falar naqueles que tinham de carregar o material coletado nas costas, em sacos imensos. Iniciativas como esta, realizadas por instituições particulares, levam um pouco de dignidade a quem tenta ganhar a vida honestamente.
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