Como fica a reestruturação do Imes Fafica?

Há alguns meses, o funcionalismo público municipal de Catanduva tem passado por grandes mudanças, em decorrência de reestruturações promovidas em diferentes órgãos. Até o momento, foram realizadas alterações na câmara, na prefeitura e está sendo feito o estudo para a elaboração do projeto relativo à Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (Saec). São mudanças profundas, que criam novos cargos, extinguem outros e alteram tabelas de remuneração. Mas existe um grupo de servidores que vai ficando de fora desse processo todo. São os funcionários do Instituto Municipal de Ensino Superior (mais conhecido como Imes Fafica). Há alguns meses, o projeto de lei do Executivo, referente à reestruturação dos cargos e salários da autarquia educacional, acabou sendo rejeitado pela câmara, por conta de alegadas inconsistências no texto. Diante dessa situação, os servidores do Imes acabaram ficando com a renda defasada, já que ela é regida por uma tabela desatualizada.

Requerimento

Esse impasse envolvendo o Imes Fafica foi tema de requerimento apresentado por Luis Pereira (PSDB), na última sessão do Legislativo. O vereador pede que o prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) envie à Câmara Municipal um novo projeto de lei, tratando da reestruturação na autarquia de ensino superior. Na visão do parlamentar, a medida representaria justiça para com os funcionários que atuam no instituto.

Emoção

Em geral, o universo da política costuma ser marcado por muitas regras burocráticas, que acabam parecendo maçantes para as pessoas em geral. Mas a política também tem seus momentos de emoção. Caso da sessão solene para a entrega de título de cidadã catanduvense à professora Maria Helena Schettini. O evento contou com falas embargadas e olhos marejados de lágrimas, especialmente da homenageada e do autor do decreto legislativo que concede a honraria, vereador Maurício Gouvea (PSDB).

Plateia eclética

O plenário da Câmara Municipal ficou lotado para acompanhar homenagem à educadora. Além de familiares e amigos, as cadeiras ficaram tomadas por ex-alunos de “Tia Lena”, modo como ela ficou conhecida nos tempos em que atuou no Centro Social Urbano (CSU), da Vila Sotto (local que atualmente abriga o CRAS Juca Pedro). Antes de a cerimônia começar, a homenageada quebrou o protocolo e foi para o meio da plateia abraçar e sentar-se ao lado de seus “sobrinhos”, que hoje já são mulheres e homens adultos.

Palmeiras

Na plateia da cerimônia também se destacavam torcedores do Palmeiras devidamente uniformizados. A razão é simples: palmeirense fanática, Maria Helena já participou de mais de 50 excursões para acompanhar jogos de seu clube do coração. Inclusive, algumas dessas viagens foram ao lado de Maurício Gouvea. Aliás, uma curiosidade: um dos vídeos exibidos durante a solenidade contou com a execução do hino do Palmeiras, com direito a menção ao craque Ademir da Guia, maior ídolo e craque da história do alviverde em todos os tempos, além de fotos da educadora ao lado de grandes jogadores como Zinho e Evair.

Presença ilustre

Quem marcou presença na cerimônia de entrega do título de cidadã a Maria Helena Schettini foi seu irmão Walter Schettini. Vereador em Catanduva por 24 anos seguidos, ele presidiu a Câmara Municipal em duas ocasiões, incluindo a Constituinte, que elaborou a atual Lei Orgânica do Município. Dos atuais vereadores, Luis Pereira é o único que teve a oportunidade de conviver ao lado dele no Legislativo.

Representantes

Outro que retornou ao Legislativo e até utilizou a tribuna foi Onofre Baraldi, que exerceu o cargo de vereador por vários mandatos em Catanduva. Desta vez, ele estava no plenário representando a deputada estadual Beth Sahão (PT). O vice-prefeito Claudio Romagnolli (PSDB), por sua vez, fez a vezes de Padre Osvaldo na cerimônia.