PENEIRA FINA – 18/08/2022

Foto: FERNANDO VETERI

 

Bandeiras tremulando

No segundo dia de campanha oficial, bandeiras de candidatos já podiam ser flagradas no Centro de Catanduva. Na rua Brasil, mulheres empunhavam estandartes de Sinval Malheiros (Patriotas) e Itamar Borges (MDB). 

Barrado no baile

O secretário-geral da Apeoesp, Leandro Alves de Oliveira, foi barrado ao tentar utilizar a tribuna da Câmara de Catanduva, a fim de tratar da polêmica do piso dos professores da rede municipal de ensino. Vereadores da base do prefeito alegaram que, devido a suas atividades partidárias, o sindicalista não poderia ter espaço para se pronunciar no Legislativo. 

Requerimento

Tudo começou na sessão da semana passada, quando o presidente da Câmara, Gleison Begalli (PDT), colocou em votação requerimento da Apeoesp, solicitando espaço na tribuna para que Leandro pudesse debater sobre o piso. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos vereadores presentes à sessão, inclusive aqueles que, anteontem, resolveram contestar a cessão do microfone para o sindicalista. 

Manobra

Fica mais do que evidente que, nesse meio tempo, antevendo o desgaste que a situação poderia gerar, o governo municipal realizou manobra para barrar a fala de Leandro. Maurício Gouvea (PSDB) incumbiu-se de fazer o questionamento. Ele exibiu no telão do plenário imagens da inauguração do comitê sindical em prol da candidatura de Lula, ocorrida no último domingo, em Catanduva. Leandro e outros participantes aparecem ao lado de fotos e toalhas estampadas com o rosto do candidato petista, fazendo o tradicional L com os dedos. 

A regra é clara

Um fato que ajudou a dar argumentos ao vereador tucano foi uma norma baixada por Gleison, regulando a presença de manifestações políticas na Casa durante o período eleitoral. Estão permitidos apenas adesivos alusivos a candidatos, nos carros particulares que estiverem no estacionamento da Câmara. Demais manifestações estão barradas. Mas vale perguntar se, em sua fala, o dirigente sindical faria campanha eleitoral ou trataria apenas do problema que afeta os servidores. 

Votação

Taise Braz (PT) tentou argumentar com os colegas que a participação do dirigente da Apeoesp havia sido aprovada por unanimidade na sessão anterior. Maurício Gouvea, porém, insistiu que a fala na tribuna fosse colocada em votação. No fim, o sindicalista acabou tratorado pela base aliada de Padre Osvaldo. Apenas Taise e seu colega de partido Marquinhos Ferreira votaram a favor da participação de Leandro. 

Pau que bate em Chico...

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a fala de um munícipe na tribuna é barrada por conta da militância política do orador. Algumas semanas atrás, o professor Djalma Monteiro foi impedido de usar o microfone durante uma sessão do Legislativo, por obra e graça de Marquinhos Ferreira. Pois a mesma lógica que cassou a palavra do apoiador de Bolsonaro serviu para calar o dirigente do PT. 

Advogado

A solução encontrada foi substituir Leandro pelo advogado da Apeoesp, que ocupou a tribuna e recebeu duros questionamentos da parte de Maurício Gouvea e de seu xará Maurício Riva (PDT). A situação só ficou mais calma depois que Luis Pereira (PSDB) fez suas intervenções. 

Sempre as cores

Entra eleição, sai eleição em Catanduva, e uma polêmica nunca morre: a candidata Beth Sahão (PT) sempre é questionada por conta do não uso do vermelho de seu partido nas peças de campanha. Desta vez, não seremos nós a fazer essa cobrança. 

Vinholi

Por outro lado, tão logo bateram o olho na fachada do comitê de Beth na rua Pará, algumas más línguas na hora associaram o azul e o laranja a Geraldo Vinholi. Para quem não se lembra, o ex-prefeito chegou a pintar o viaduto da Cocam com esses tons, que haviam sido utilizados em sua campanha. Ontem pela manhã, circulavam comentários sobre esse fenômeno ótico e luminoso (afinal, cores nada mais são do que a luz refletida sobre os objetos), pelos grupos de WhatsApp catanduvenses.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.