PENEIRA FINA - 18.03.23

Importante partido de Catanduva tem mudança em sua direção 
 
Pode não parecer, mas estamos a poucos meses do início do processo eleitoral de 2024, quando a população irá às urnas para escolher prefeito e vereadores. De agora para frente, uma parte importante desse xadrez político consistirá na definição dos comandos partidários - afinal, no Brasil não são admitidas as candidaturas independentes; para concorrer, o indivíduo precisa estar filiado a uma legenda devidamente registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Diante desse cenário, um importante partido de Catanduva acaba de passar por mudança em seu comando. Para saber mais informações e os impactos disso no processo eleitoral, leia a próxima nota desta coluna.  
 
O partido 
 
A legenda que trocou de comando em Catanduva é o Republicanos, que tem fortes ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus e que conta com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em seu quadro de filiados. No município, o partido possui dois vereadores na Câmara Municipal: Cesar Patrick e Ivânia Soldati, que são de grupos políticos distintos. Na última eleição, o Republicanos esteve na coligação de Ricardo Rebelato. Atualmente, Patrick faz uma linha independente, ao passo que Ivânia é da base do prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB).  
 
Presidente 
 
O novo presidente do Republicanos em Catanduva é o advogado Matheus Pickarte, que atualmente trabalha na Câmara Municipal. Apesar de jovem, ele acumula farta experiência nos bastidores da política, tendo sido assessor dos ex-vereadores Francisco Batista de Souza (o Careca) e Ditinho Muleta. O convite para ele assumir o comando do partido em Catanduva veio diretamente do presidente nacional da legenda, Marcos Pereira. 
 
Novos rumos? 
 
Nos bastidores políticos de Catanduva, são fortes os rumores de que Ivânia estaria de malas prontas para deixar o Republicanos, rumo ao PSD, que, ao que tudo indica, deverá ser o novo partido de Padre Osvaldo. Se a notícia vier a se concretizar, tanto a vereadora quanto o atual coordenador de Comunicação da prefeitura, Caio Fordiani, seriam os puxadores de voto numa eventual chapa da legenda. Como ainda há muita água para passar debaixo da ponte, só podemos afirmar, por ora: “Quem viver verá!” 
 
Cobertura do Restaurante Popular 
 
Na manhã desta sexta-feira, Marquinhos Ferreira (PT) esteve em frente ao Restaurante Popular, a fim de acompanhar a quantas anda a instalação da cobertura na entrada do local. O parlamentar comemorou o avanço das obras. Ele é autor do requerimento aprovado pela Câmara Municipal, ainda no ano passado, solicitando a colocação dessa estrutura, de modo a evitar que as pessoas tenham de permanecer ao relento, enquanto aguardam para entrar no Restaurante Popular.   
 
Representatividade 
 
Em postagem compartilhada ontem em suas redes, a deputada estadual Beth Sahão (PT) questionava a falta de representatividade feminina na mesa diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O conteúdo destacava o título de uma reportagem do jornal Valor, segundo a qual, mesmo com 25 deputadas eleitas, a Casa de Leis não terá nenhuma mulher nos cargos de comando.  
 
Quem elege?  
 
O questionamento trazido pelo veículo de comunicação e repercutido pela parlamentar é para lá de correto e necessário. Mas tem uma falha lógica, que reside na pergunta: se essa mesa diretora só tem homens, quem os elegeu? Peguemos os dois cargos mais importantes – presidente e primeiro-secretário. No primeiro caso, André do Prado elegeu-se com 89 votos, dos 94 possíveis. Entre seus eleitores estavam as deputadas do PT, inclusive Beth. Já no segundo caso, a eleição se deu por aclamação - ou seja, havia candidato único que teve apoio de todos (e todas) os presentes no plenário. Aliás: todos os demais cargos da mesa diretora foram preenchidos por aclamação. Alguma das 25 deputadas poderia muito bem ter se manifestado, votado contra ou mesmo apresentado candidatura alternativa. Nada disso ocorreu, por fatores muito complexos que caberiam em uma dissertação de mestrado. Fica registrada, portanto, a crítica da deputada e o que foi feito (ou não) de concreto para enfrentar esse problema grave.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.