Viação Suzano é multada

A Auto Viação Suzano, que opera o serviço de transporte coletivo em Catanduva, recebeu três multas contratuais da prefeitura, nos valores de R$ 1.372,11, R$ 4.116,32 e R$ 5.488,43. Elas correspondem, respectivamente, a 0,1%, 0,3% e 0,4% sobre o faturamento anual estimado para a concessão. 

Reclamações sem fim

A Auto Viação Suzano é alvo de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), instaurada pela Câmara Municipal para apurar a má qualidade do transporte coletivo em Catanduva. No ano passado, segundo cálculos divulgados pelo vereador petista Marquinhos Ferreira (que propôs a abertura da comissão), a empresa teria recebido R$ 1,6 milhão em subsídios do município, devolvendo em troca um serviço nada satisfatório. 

Contrato milionário

Na edição de ontem da Peneira Fina, ainda sem acesso a valores exatos, afirmamos que a Florestana caminhava para firmar mais um contrato milionário com o município de Catanduva - ela, que já detém as concessões dos serviços de limpeza urbana e coleta e transporte de lixo. E, de fato, as cifras são muito milionárias. A empreiteira de Taboão da Serra apresentou proposta de R$ 20.982.894,33 na licitação da pavimentação. 

Classificada

No entendimento da comissão de licitação, o valor de quase R$ 21 milhões atende às regras do edital, de modo que a Florestana está classificada no certame e caminha para se sagrar vencedora. O contrato com a prefeitura deve ser firmado nos próximos dias. 

Vale-tudo eleitoral

Tentando crescer nas pesquisas de intenção de voto, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) tem apelado ao verdadeiro vale-tudo eleitoral, que inclui desde verdadeiros comícios para a assinatura de convênios com prefeituras até anúncios mirabolantes. Ontem, a assessoria do tucano divulgou que ele autorizou a realização de concurso para a contratação de 2,7 mil professores e servidores para as Etecs e Fatecs de todo o Estado. 

Brincar com os sonhos alheios

O governador tem acesso aos dados qualitativos das pesquisas de opinião e sabe que o desemprego é considerado o grande problema pela maioria dos eleitores paulistas. Por isso, acena com uma medida que, em tese, poderia garantir trabalho com estabilidade a milhares de pessoas, de uma só vez. Na vida real, porém, as coisas não são tão douradas quanto o marketing do governador tenta nos fazer crer. As Etecs e Fatecs estão com salários defasados e as unidades apresentam problemas estruturais que nunca são resolvidos. Isto sem contar as constantes ameaças de bloqueio e fechamento de cursos. 

Regra dos concursos

Outro dado importante sobre o concurso prometido pelo governo estadual: a autorização, por si só, não significa que o certame irá sair. É preciso antes contratar a banca realizadora e depois publicar o edital com todas as regras, incluindo datas de inscrições, provas e divulgação de resultados. Isso tudo demora tempo, coisa que o atual governo não tem. Estamos em meados de junho. A partir do mês que vem, os governos estarão proibidos de nomear ou convocar servidores aprovados em concursos. A eventual posse só ocorreria no ano que vem. Essa informação, porém, vem escondidinha no fim do anúncio triunfante do governador, que prefere focar em cifras sedutoras como salários de mais de R$ 7 mil para professores das Fatecs e nas quantidades de cargos. Resta saber se, numa eventual derrota de Rodrigo Garcia, seu adversário homologaria um concurso feito ao apagar das luzes do mandato... 

Sala polêmica

O prefeito Padre Osvaldo divulgou ontem, em suas redes, fotos de uma reunião realizada por ele e sua assessoria com presidentes de conselhos municipais de Catanduva, com direito à clássica foto com todo mundo perfilado e sorrindo, com as mãos nos ombros um do outro. Ele promoveu o encontro para anunciar que está cedendo a sala multiuso anexa ao CRAS Nosso Teto para a realização de eventos e palestras, tanto dos próprios conselhos quanto de grupos da cidade. O espaço em questão esteve envolvido em muita polêmica, desde que Padre Osvaldo decidiu desalojar a Associação Dell’Arte do local, alegando que o mesmo seria destinado à instalação de um núcleo cultural do município, ideia que nunca saiu do papel.