Apresentação do projeto da Rumo deixou gostinho de quero mais

A coletiva organizada pela Prefeitura de Catanduva e a Rumo Logística, na manhã de ontem, para apresentar as obras que serão feitas para evitar os atuais conflitos da cidade com a linha férrea, deixou aquele gostinho de quero mais. Sensação que faltou algo, que nem tudo foi explicado. O vídeo exibido no telão, por exemplo, que poderia ser o ápice, revelou apenas duas passarelas, ao passo que a maior expectativa girava em torno do anúncio dos viadutos e pontilhões. Uma lista mais completa das obras previstas foi entregue à imprensa, mas a localização da maioria delas está incompleta. Diante da maior parte dos questionamentos, a resposta foi que se trata apenas de um projeto conceitual e que na etapa seguinte esses detalhes serão definidos.

Pergunta que fica

A questão que fica é por que isso tudo não foi apresentado mais para frente quanto tudo estiver definido? A resposta provável é que as três primeiras obras do cronograma, tidas como mais urgentes, vão começar no mês que vem. Com isso, fica fácil entender que a exposição pública antes da movimentação das máquinas era mais do que necessária. Para as demais, não há prazo.

Obsoleto

Outra preocupação foi mostrar que a construção de viadutos, passarelas e demais itens é a melhor escolha, na comparação com a construção de um novo contorno ferroviário. A alegação é que as desapropriações demorariam e que a obra não começaria em menos de 10 anos. Até lá, a cidade já poderá ter atingido o ponto do novo traçado dos trilhos, voltando a ter os problemas de hoje. O novo contorno, aprovado anos atrás, foi classifico como obsoleto.

Prefeito queria mais

Foi isso que o vice-prefeito Claúdio Romagnolli garantiu, sendo o primeiro a discursar durante o evento. Ele se disse testemunha de que muitos pedidos foram feitos a mais. Ponderou, entretanto, que a Rumo tinha limites definidos e que as tratativas seguiram esse teto. Ainda deu tempo de elogiar a atuação da concessionária no recente descarrilamento de cinco vagões.

Manutenção

Questão levantada pelo Simcat, o sindicato que representa o funcionalismo público, foi se esse grande número de obras urbana, como viadutos e passarelas, receberá manutenção pelo município ou pela concessionária. A preocupação é na elevação dos gastos públicos. A resposta, previsível, foi que os empreendimentos serão construídos pela Rumo e entregues à prefeitura.

Mudando de assunto

Após sete anos sem ser realizada, a Feira Regional de Artesanato – Feirart retorna a Catanduva para sua 20ª edição. Já dá para colocar na agenda. Será de 16 a 26 de maio, das 10 às 22 horas, na Praça 9 de Julho. Este ano, mais de 30 expositores de seis cidades do estado de São Paulo estarão presentes, oferecendo grande variedade de produtos artesanais. A entrada é de graça.

Leão Amigo

Estudantes do curso de Ciências Contábeis do Imes Catanduva desenvolveram trabalho no Garden Shopping para orientar a população sobre a possibilidade de destinar parte do Imposto de Renda para os fundos municipais. O recurso possibilita o auxílio às entidades assistenciais do município e há muito a ser arrecadado. No ano passado, foram R$ 388 mil, enquanto a estimativa aponta que a cidade teria capacidade de destinar algo em torno de R$ 5 milhões.