As peças se movimentam

Ainda que de maneira lenta e sem grande alarde, os aliados dos candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidencial e para governador começam a se mexer em Catanduva e região. Nas ruas, a movimentação quase não é percebida. Já nos grupos de WhatsApp, as discussões são intensas.  

Religião

As discussões em torno da religiosidade dos candidatos à presidência têm dominado as discussões em grupos de WhatsApp, com cada lado tentando colar no adversário as piores notícias e práticas possíveis e imagináveis. Em contrapartida, seus apoiados são mostrados como as pessoas mais virtuosas e iluminadas que existem.  

Desconstruir o outro

A troca de acusações relativas à corrupção também dá o tom nesta fase da campanha. Fica a impressão de que os apoiadores esperam ganhar, não elencando as qualidades dos políticos que defendem, mas sim destruindo a imagem do adversário.  

Funciona

O comportamento dos apoiadores, aqui na terra, não se dá de maneira aleatória. Os eleitores respondem a estratégias de comunicação definidas no alto, pelas cúpulas das campanhas. E a estratégia de desconstruir o adversário pode ser bem-sucedida, se executada da maneira correta. Vários fatores tendem a explicar isso. A começar pela tendência inata que o ser humano tem de querer saber os podres do próximo, especialmente se eles forem famosos e poderosos. Isso explica, e muito, a atração que sites de fofocas sobre celebridades exercem sobre os pobres mortais.  

Mobilização real

Para além da troca de chumbo pesado que ocorre nos aplicativos de mensagem e nas redes sociais, as candidaturas têm realizado movimentos táticos importantes, nestes dias. A campanha de Tarcísio de Freitas e de Bolsonaro conseguiu reunir um grande número de prefeitos para um encontro de lideranças regionais, em Rio Preto. Centenas de pessoas participaram da atividade, que discutiu estratégias que serão desenvolvidas pelos aliados dos candidatos em nossa região, nos próximos dias. 

Esforço tucano

Embora tenha reunido muitos nomes do “bolsonarismo raiz”, esse encontro de anteontem também contou com mobilização capitaneada pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado na disputa do primeiro turno.  

Será que sobra algo?

A adesão dos tucanos é vista como uma tentativa de manter algum quinhão na máquina estatal de São Paulo, que eles controlaram por quase 30 anos ininterruptos. Como Tarcísio foi o mais votado no estado e aparece na frente nas pesquisas, a missão de ajudar a eleger o novo governador tornou-se cômoda para o PSDB. No caso específico de Garcia, existe o fator regional. Tanto o ex-ministro da Infraestrutura quanto Bolsonaro foram, disparadamente, os mais votados na região. Com ou sem apoio dele, eles deverão repetir e talvez até melhorar esse desempenho, no dia 30 de outubro. 

Prefeitos presentes

Entre as cidades que estiveram representadas por seus prefeitos no encontro em prol de Tarcísio, podemos citar Sales, Uchoa, Ariranha, Catiguá, Olímpia, Ibirá, Pindorama, Olímpia e São José do Rio Preto. Por incrível que pareça, o único grande município governador pelo PSDB na região acabou dando o cano no encontro. Justamente Catanduva, de Padre Osvaldo, faltou à reunião estratégica.  

Panfletagem

Enquanto isso, militantes do PT estiveram na feira livre da Vila Celso, na manhã de domingo, realizando panfletagem e abordando eleitores, na campanha em favor de Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, que disputam, respectivamente, os cargos de presidente e governador pelo partido. O sindicalista da Apeoesp Leandro Alves de Oliveira, presidente do Diretório Municipal do PT de Catanduva, marcou presença na atividade.