Agosto Dourado e Lilás

Nos últimos anos, as campanhas dos meses coloridos têm cumprido importante papel de conscientizar a população acerca de problemas graves que atingem milhares e até milhões de pessoas. Agosto, por exemplo, é dedicado a dois tons, que tratam de temas importantes. O Dourado diz respeito ao incentivo à amamentação. Já o Lilás trata do combate e à prevenção à violência contra a mulher. 

Evento

Hoje, em Catanduva, o Batalhão da Polícia Militar sediará evento que contará com a presença de autoridades políticas e do Judiciário para a implantação do aplicativo V.I.D.A (Vigilância, Inteligência, Defesa e Ação), que visa otimizar o acompanhamento de réus e sentenciados, especialmente aqueles que cumprem medidas protetivas por agressões ou ameaças contra mulheres. 

Tabapuã

A iniciativa já vem sendo usada com êxito na Comarca de Tabapuã, que reúne também as cidades de Novais e Catiguá. Com o app, policiais militares poderão ter acesso, em tempo real, a dados georreferenciados sobre os réus e condenados que deverão ser fiscalizados. 

Trabalho integrado

Seria interessante que mais iniciativas de enfrentamento à violência doméstica adotadas na Comarca de Tabapuã fossem copiadas em Catanduva. A começar pelo trabalho integrado, que vai além da repressão e punição aos agressores, mas que também foca na prevenção, com campanhas e ações permanentes nas escolas, na rede básica de saúde e também nos projetos sociais. Em Catanduva e nas demais cidades, o trabalho nessa área ainda engatinha. 

Campo do Santa Rosa

A Prefeitura de Catanduva está divulgando a cerimônia de reinauguração do Campo da Santa Rosa, que passará a se chamar Hamilton Pereira - Mirtinho. A lei que estabelece a nova denominação da praça esportiva é do vereador Gordo do Restaurante (PSDB). 

Programas habitacionais

Por falar em violência doméstica, a Câmara de Catanduva aprovou, anteontem, projeto de autoria de Marquinhos Ferreira (PT) que dá prioridade às mulheres vítimas de agressão nos programas habitacionais existentes no município. 

Raiz

O crescimento do candidato a governador Tarcísio de Freitas nas pesquisas, antes mesmo da campanha oficial ter início, faz com que os demais candidatos, sobretudo aqueles que estão na disputa direta com o ex-ministro, passem a tentar a todo custo colar nele a pecha de forasteiro. Isso fica muito evidente na pré-campanha de Rodrigo Garcia (PSDB), que, adotando a estratégia de crescer pela centro-direita, passou a utilizar o termo “paulista raiz” para referir-se a si próprio, numa contraposição ao homem de Bolsonaro, que é carioca e torcedor do Vasco da Gama. 

Empresários

Rodrigo Garcia não é o único a utilizar a estratégia de carimbar em Tarcísio o estigma de forasteiro. Fernando Haddad (PT) seguiu por esse caminho, no debate do último domingo, na TV. Em contrapartida, foi chamado pelo ex-ministro de pior prefeito do Brasil. Para além dos discursos do marketing, Tarcísio conseguiu bom trânsito junto aos empresários paulistas, por conta de parcerias realizadas ao longo dos últimos anos em que esteve no governo federal. A estratégia de nacionalizar o debate e colar em Bolsonaro também tem sido bem-sucedida para ele, na medida em que cria o fenômeno do voto casado. 

Ponto fraco

Se o apoio nacional representa o grande trunfo não só de Tarcísio, como também de Haddad (hoje, ambos estão bem na pesquisa porque são umbilicalmente identificados com seus padrinhos presidenciáveis), em um eventual segundo turno isso pode se converter em dor de cabeça para ambos. Em um cenário polarizado e acirrado, a tendência é que ambos também herdem as altas rejeições de seus caciques. Tudo bem que Rodrigo também terá de lidar com a rejeição a Doria. A questão é saber o que pesará mais para levar um candidato ao segundo turno e fazê-lo vencer. Se for o debate nacional, Tarcísio leva vantagem. Se os temas locais predominarem na decisão do eleitor, Rodrigo será favorecido.