PENEIRA FINA – 08/10/2022

Mais apoios

Se houvesse um placar para medir a quantidade de apoios arrebanhada por cada candidato a governador em Catanduva, Tarcísio de Freitas estaria disparado na vantagem. Além do apoio do prefeito Padre Osvaldo, do qual já tratamos várias vezes, o candidato do Republicanos recebeu o endosso do médico Sinval Malheiros, que foi o candidato a deputado federal mais votado na cidade no último domingo, com mais de 9 mil votos.  

Bolsonaro

Diferentemente do padre, que centrou seu apoio em Tarcísio, Sinval optou por fazer barba, cabelo e bigode. O vídeo do ex-deputado, divulgado nesta semana, mostra também a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL), para quem o médico fez questão de pedir voto.  

Manzano

Outro que se posicionou a favor de Tarcísio foi o candidato a deputado federal Fabio Manzano (MDB). De acordo com o advogado catanduvense, o apoio ao ex-ministro foi decidido coletivamente pelo partido na cidade.  

Já era esperado

A bem da verdade, o apoio de Manzano e seu grupo a Tarcísio já era mais do que esperado. Durante o primeiro turno, vários de seus apoiadores participaram de atos em favor do candidato a governador e também de Jair Bolsonaro, inclusive na grande carreata realizada na véspera do segundo turno.  

Macchione

Aliás, sempre bom lembrar que, há alguns meses, Macchione elogiou publicamente Tarcísio, por conta do empenho demonstrado pelo então ministro em relação ao projeto de retirada dos trilhos da zona urbana de Catanduva. Projeto que, de acordo com Fabio Manzano, não estaria avançando por falta de empenho do atual governo municipal. 

Não transferiu

E por falar em Macchione, muitos estavam ansiosos em saber como iria se refletir seu apoio à candidatura de Manzano. Aparentemente, não houve transferência de votos. A menos que consideremos que o ex-prefeito perdeu todo o eleitorado que costumava conduzi-lo às urnas. Em 2016, o engenheiro recebeu mais de 34 mil votos para prefeito de Catanduva.  

Pesquisas voltaram

Depois do papelão feito no primeiro turno da eleição, as pesquisas eleitorais resolveram dar de novo o ar de sua graça. Para além dos cenários que elas apontam, os institutos saíram do último dia 2 de outubro com a imagem muito arranhada. Vai ser difícil convencer a maioria da população a levá-los novamente a sério. 

 

Complicador

Um problema adicional para os institutos é que, no início desta semana, circulou um vídeo do ministro das Comunicações Fábio Faria, muito indignado com os erros das pesquisas e recomendando que os eleitores não respondessem mais esse tipo de sondagem. Se uma parcela do eleitorado resolver seguir essa solicitação, como os institutos farão para saber como está realmente o cenário eleitoral? 

Sem números

Se uma parte do eleitorado brasileiro decidir boicotar as pesquisas, as próprias campanhas passarão a enfrentar um problema e tanto. Isto porque elas dependem de pesquisas internas para avaliar os êxitos e erros de suas estratégias de comunicação. Sem esse tipo de número levantado em pesquisa, eles ficarão sem números e terão de conduzir seus trabalhos às cegas.  

Redes sociais

Atualmente, alguns poderão argumentar, as redes sociais oferecem aos profissionais de marketing uma série de dados precisos sobre os eleitores, que podem ser muito eficazes na elaboração de estratégias políticas. Mas é preciso levar em conta que nem todo mundo utiliza rede social.  Estamos falando de milhões de eleitores, que podem decidir uma campanha acirrada como a atual.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.