Quem será o Benedito?

A nota publicada ontem aqui na coluna, com o título “Clima pesado”, repercutiu no meio político de Catanduva. Alguns sacaram imediatamente do que estávamos falando. Outros ainda buscam mais detalhes para tentar identificar quem seria o(a) personagem e o setor citados na nota. Vamos, então, agregar alguns detalhes a mais, a fim de aplacar um pouco a curiosidade de nossos leitores, que tentam desvendar esta complexa trama.

Cabeças pedidas

O indivíduo que comanda o setor em questão estaria em pé de guerra com pessoas sob sua subordinação. E já teria até pedido a cabeça de algumas delas, sob o argumento de que contaria com nomes prontos para a substituição. Um dos maiores entraves para que o desejo desse chefe se realize seria a questão da formação profissional. Para ocupar alguns cargos, é necessário ter diploma na área, em instituição reconhecida pelo Ministério da Educação.

Não é o primeiro caso

As informações de bastidores indicam que este caso não é o primeiro e tende a não ser o último no governo de Padre Osvaldo, em que a disputa de egos acaba fazendo a corda arrebentar para o lado mais fraco. Recentemente, esse tipo de situação provocou até a troca de secretários. No episódio atual, não temos nenhum alto escalão correndo o risco de perder a cabeça.

Casa dividida

Dois ditados populares muito verdadeiros costumam ser esquecidos por quem sobe ao poder. O primeiro é o que diz que “A casa dividida não para em pé”. Tudo bem que um governo numa democracia de coalização (onde os chefes de executivo têm de fazer alianças amplas para poderem governar) jamais será um monolito. Porém, a diversidade de opiniões, métodos e até ideologias não pode servir de brecha para que as coisas descambem para guerras de ego ou perseguições pessoais. Isto representa a ruína para qualquer gestão.

Morre de fome

Outro ditado que muita gente costuma se esquecer é “Cachorro que tem muitos donos, morre de fome”. São situações, infelizmente, muito comuns de surgir em equipes profissionais, especialmente quando gestores abrem brechas para que pessoas alheias a determinada função passem a praticar ingerências no trabalho alheio, quase sempre com o intuito de prejudicar o colega. O drama é que, na máquina pública brasileira, sempre haverá pessoas com tempo de sobra para tomar conta do serviço do próximo.

Não vai sobrar nada

Avançando todos os projetos de terceirização propostos por Padre Osvaldo, em breve não sobrará mais serviço algum administrado pelo município. Comentamos ontem sobre as equipes de combate ao Aedes aegypti, que passarão a contar com a complementação (ou será concorrência?) de uma empresa privada, que a Secretaria Municipal de Saúde pretende contratar. No trânsito, os agentes de fiscalização e seus trajes amarelos logo vão se tornar ilustração em livros de história. Com as privatizações que o governo tenta levar adiante nessa área, em breve o cargo será extinto.

Fica a dúvida

Voltamos ao questionamento que fizemos ontem, em relação à vigilância sanitária. Será mesmo uma atitude prudente transferir a fiscalização de trânsito a uma empresa privada, que tem o lucro como objetivo principal?

Detran

Chama a atenção a quantidade de projetos que Padre Osvaldo anda apresentando na área de trânsito e que mudarão completamente a gestão desse setor. Esse fato fica mais interessante quando nos lembramos dos fortes laços que ele firmou no Detran regional, a ponto de ser visitado quase que diariamente, na prefeitura, por uma figura muita conhecida naquele órgão.

Bolsa Família

A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou o texto-base da proposta de emenda constitucional que autoriza o próximo governo a furar o limite do teto de gastos, de modo a viabilizar o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, nome do benefício que substituirá o Auxílio Brasil. O projeto ainda será debatido em plenário nas duas casas do Congresso e poderá sofrer alterações, antes de ir a voto. A maior delas deverá ser o prazo em que o governo terá previsão de furar o teto, que tende a cair de quatro para dois anos.