PENEIRA FINA – 07.01.23

Quando a sanção a projetos pelo prefeito se torna notícia

Em situações normais de pressão e temperatura, sancionar projetos de lei é um ato corriqueiro de prefeitos e demais chefes de Executivo, que nem deveria chamar a atenção nem ser motivo de notícia. Ocorre, porém, que em Catanduva isso andava tão raro de ocorrer, especialmente nas propostas elaboradas por vereadores, que chamou a atenção o pacote de sanções feitos por Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), na edição de ontem do Diário Oficial. Diversos projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal ganharam o aval do alcaide, incluindo alguns que tratam de matéria tributária e outros que ele costumava vetar. Será isso um indício de mudança de comportamento do chefe do Executivo, em relação à Casa de Leis? O tempo dirá...

Rei dos vetos

Levantamento feito por O Regional e divulgado há alguns meses mostrava que o atual governo, chefiado por Padre Osvaldo, era campeão de veto a projetos de vereadores. Tal situação, principalmente nos casos envolvendo propostas que visavam combater a violência sobre a mulher, motivaram queixas públicas da parte de alguns parlamentares, em especial Taise Braz (PT), que milita por essa causa. 

Diálogo? 

Com seu governo entrando na reta final, pode ser que Padre Osvaldo queira optar por uma postura mais conciliatória e de diálogo, evitando situações que possam gerar atritos e eventual desgaste com as demais forças políticas do município, especialmente aquelas que têm poder para votar e aprovar leis. 

Luto

Padre Osvaldo decretou luto oficial de três dias, em decorrência do falecimento de João Righini, que foi prefeito de Catanduva entre os anos de 1969 e 1972. Engenheiro de formação, Righini também atuou por várias décadas na regional de São José do Rio Preto do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Ele tinha 94 anos de idade. Aos familiares e amigos, nossos sentimentos. 

Dedicação à causa pública

Um caso curioso envolvendo o falecido ex-prefeito é que, durante seu governo, ele optou por abrir mão do salário para chefiar o Executivo municipal, uma vez que ele já era remunerado como funcionário do DER. Um exemplo que, infelizmente, não encontrou eco nos anos seguintes já que, nos dias atuais, para muita gente a política tornou-se um meio de vida, em vez de ser uma forma de melhorar a vida da população. 

Legado

Além de ter sido prefeito, Righini desempenhou outros papéis de extrema relevância para nossa cidade. Podemos citar um deles, que foi decisivo para o desenvolvimento da cidade: na condição de conselheiro da Fundação Padre Albino, ele participou da criação da Faculdade de Medicina de Catanduva (Fameca) e da Escola Superior de Educação Física (Esefic). O desenvolvimento dos cursos universitário foi essencial para que a cidade pudesse crescer e avançar. 

Público aumentou

Na tarde de ontem, o público registrado no Estádio Sílvio Salles para o confronto entre Catanduva e Ceilândia (DF), pela Copa São Paulo de Juniores (a Copinha), foi ainda melhor em comparação ao de terça-feira, quando o time da casa derrotou o América de Natal (RN), por 3 a 2. O setor que havia ficado vazio na estreia desta vez abrigou centenas de torcedores.  

#Sextou

Um detalhe que pode ter contribuído para o aumento do público estádio é o fato de o jogo ocorrer numa sexta-feira, quando as pessoas costumam sair mais cedo do trabalho, buscando algo para entretê-las. Além disso, o jogo de ontem reunia os líderes do grupo. Apesar de ser pouco conhecido no cenário nacional, o Ceilândia conseguiu bater o Avaí por 3 a 1 na estreia. Portanto, o time do Distrito Federal estava na primeira colocação, devido ao saldo de gols (um a mais que o Catanduva). Até o fechamento desta edição, o placar estava empatado em 0 a 0. Sinal de que o jogo seria páreo duro para o clube de Padre Osvaldo.

 

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.