PENEIRA FINA – 04/08/2022

Cidade Fraterna

Quem tem boa memória deve se recordar que, antes de se aliar à família Vinholi, Padre Osvaldo integrou o grupo do empresário Roberto Cacciari, que pretendia disputar (e disputou, mas sem apoio do sacerdote) a Prefeitura de Catanduva. Na época da pré-campanha, os aliados do ex-vice-prefeito tentaram agitar a política local com algumas ideias, vamos dizer, ousadas. Uma delas era alterar o apelido de Catanduva, de “Cidade Feitiço” para “Cidade Fraterna”.  

Filha que sobreviveu

Se o casamento Padre-Cacciari morreu antes de chegar ao altar, não se pode dizer o mesmo da filha dessa união efêmera, ou seja, a alcunha “Cidade Fraterna”. Esse foi o nome utilizado para se referir à cidade no Salão SP Turismo, realizado na Capital. Ontem, Padre Osvaldo e Cláudio Romagnolli deixaram-se clicar no evento, diante de um banner que trazia em destaque “Catanduva, Cidade Fraterna”.  

Fiscalização atrasada

A edição de hoje de O Regional traz reportagem que aborda a polêmica em torno da suposta utilização dos recursos da reserva de provisionamento pela Associação Mahatma Gandhi, nos contratos de gestão de serviços de saúde em Catanduva. Para além dos questionamentos feitos por membros do Conselho Municipal de Saúde e das respostas da terceirizada, há um detalhe preocupante trazido pela matéria: a fiscalização feita pela Prefeitura de Catanduva sobre esses contratos encontra-se atrasada.  

Poucos membros

O município conta com uma Comissão de Avaliação de Contratos e Convênios. Porém, segundo informações da própria prefeitura, a quantidade de membros desse órgão é pequena, diante do grande volume de documentos existente. Com isso, o trabalho já estaria se acumulando há alguns meses.  

Preocupação

Esse fato é motivo de preocupação, uma vez que, sem a devida fiscalização, é impossível garantir o efetivo cumprimento de todos os contratos, que dizem respeito a serviços públicos fundamentais. Na área da saúde, por exemplo, uma irregularidade pode custar vidas.  

Normalização

A Prefeitura de Catanduva alega que a Comissão de Avaliação de Contratos e Convênios estaria intensificando seus trabalhos, nos últimos tempos. A expectativa é de que, até o fim deste ano, todas as pendências estejam resolvidas. Agora é torcer para que, nesse meio tempo, as novas demandas não se acumulem, ocasionando mais atrasos nesse trabalho tão importante. 

Ex-assessora

Na edição de ontem da Peneira Fina, informamos que a esposa do deputado estadual Marcos Zerbini (PSDB) e presidente da Associação dos Trabalhadores Sem Terra, Cleusa Ramos, será candidata a deputada federal. O que muita gente não sabe, no entanto, é que ela já teve passagem pela Câmara Federal. Não enquanto deputada, mas sim como assessora parlamentar. Nos últimos anos, Dona Cleusa esteve lotada no gabinete do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL), que é de Rio Preto. Como ele tentará a reeleição ao cargo neste ano, a parceria de ambos chegou ao fim. 

Vagas em creche

O vereador Marquinhos Ferreira (PT) utilizou a tribuna na última sessão da Câmara, ocorrida na terça-feira, para criticar a secretária municipal de Educação, Cláudia Cosmo, a quem classificou como “a pior dos últimos 20 anos”. O parlamentar se queixava de recusas de vagas em creches para filhos de mães que trabalham fora.  

Secretária na mira

Nos últimos meses, a Secretaria Municipal de Educação entrou na mira de vereadores, não apenas de partidos tidos como oposição, caso do PT de Marquinhos - e de Taise Braz, que, há algumas semanas, fez graves denúncias sobre o material didático adotado nas escolas da rede municipal de ensino. Parlamentares da situação, caso dos tucanos Maurício Gouvea e Gordo do Restaurante e também de Alan Automóveis (PP), também costumam bater pesado, de quando em quando, em Cláudia Cosmo. A fritura deve permanecer por mais alguns meses. Aqui ninguém é profeta, mas, sabendo que governos chegam ao poder e lá se mantém graças aos votos, está mais do que evidente o desfecho que essa queda de braços deve ter. Quem viver verá.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.