PENEIRA FINA – 04.04.23

Evento de estudantes de medicina repercute negativamente

O Pré-Intermed, evento esportivo que reúne estudantes de medicina na cidade de São Carlos, tem dado muito o que falar e ajudado a soterrar a reputação de uma parcela desses alunos. Tudo começou com a briga generalizada envolvendo alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e da Faculdade de Medicina de Catanduva (Fameca/Unifipa). O fato, repercutido nas redes sociais de O Regional, no último domingo, ficou marcado pelo uso de uma mistura de fezes e urinas por parte dos estudantes. Nas redes sociais, muitos questionavam como será possível a população confiar em profissionais que adotam esse tipo de comportamento em um evento universitário.

Maus-tratos a animais

Mas as polêmicas envolvendo os futuros médicos brasileiros não terminam por aí. Em outro vídeo que motivou péssimas reações nas redes, estudantes de medicina aparecem carregando galos dentro de uma quadra lotada. Os animais eram usados em uma espécie de troca de provocações entre os alunos. No vídeo, é possível identificar tanto alunos da Fameca/Unifipa quanto da PUC de Campinas. Um dos estudantes de Catanduva chega a colocar, aos risos, o galo na cabeça de um estudante da faculdade rival. Conhecida por sua militância em defesa dos animais, a vereadora catanduvense Ivânia Soldati (Republicanos) compartilhou o vídeo em suas redes e foi taxativa ao se referir ao caso como um exemplo de “maus-tratos”. Ela também qualificou as cenas como “lamentáveis”.

O que ela disse

“Vamos apurar e responsabilizar os ‘alunos’ que estavam praticando essa cena ridícula e irresponsável. Animal não é brinquedo”, afirmou Ivânia, em post publicado ontem. Até o começo da noite de ontem, o vídeo contava com 109 comentários, majoritariamente apoiando a fala da vereadora e cobrando punição exemplar para os estudantes envolvidos no episódio.

O que diz a lei

A lei 9.605 de 1998 é a que qualifica os maus-tratos a animais como crime. Segundo a norma, “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exótico” está sujeita a pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Antes que alguém argumente que nossa sociedade adota uma dieta baseada no consumo de carne de animais, que são mortos para essa finalidade, é importante lembrar que a literatura jurídica já realizou de maneira bem clara a distinção entre a pessoa retirar a vida de um galináceo a fim de se alimentar e submeter um bicho à situação de sofrimento por razões fúteis. Vamos acompanhar o desenrolar do caso.

STF

Mudando de assunto, deixamos de comentar um fato interessante ocorrido na semana passada. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo fim da prisão especial temporária para pessoas com curso superior. A ação que questionava esse dispositivo tramitava desde 2015. De agora em diante, criminosos com diploma serão enviados para celas comuns. Pela regra que vigorava no país, eles só se misturavam com os demais presos depois que suas condenações transitavam em julgado. Fato que, no fim das contas, reforçava no imaginário popular a noção de que, no Brasil, cadeia só serve para pobres. Vejamos se a mudança na regra valerá de fato para todos, incluindo políticos e magistrados, ou se encontrarão brechas para que o privilégio siga ocorrendo.

Homenagem

O prefeito de Catanduva, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa, sancionou o projeto de lei de autoria do vereador Gleison Begalli (PDT) que batiza a sede da Secretaria Municipal de Educação com o nome do falecido empresário Antônio Celidônio Ruette. A proposta havia sido aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal, dias atrás.

Liberdade religiosa

Padre Osvaldo também sancionou outra proposta de Gleison. No caso, a lei que institui no município a Semana da Liberdade Religiosa, destinada a promover o diálogo, a tolerância e a convivência pacífica entre as diferenças crenças.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.