A Saúde em Catanduva pede socorro

Um dos pontos nevrálgicos de qualquer administração, a pasta da Saúde sempre tem pontos delicados para serem tratados. Em Catanduva, não é diferente. A Saúde pública está em compasso de espera, esperando uma vaga na UTI. O atendimento, há muito tempo, está deixando a desejar, sendo a secretaria da atual administração que mais recebe críticas da população catanduvense. O prefeito Padre Osvaldo (PSDB), na semana passada, realizou visitas em algumas unidades de saúde dos bairros, divulgando inclusive nas redes sociais, mostrando preocupação com as demandas e ouvindo sugestões de melhorias na área. Mas, infelizmente, Catanduva não está necessitando apenas do “estar preocupado”. A cidade precisa de uma gestão firme, atuante, com ações imediatas na tentativa de melhorar o atendimento à população. Cinco, seis ou sete horas de espera para quem está com dor ou precisando de um atendimento médico são horas intermináveis. Depois da Covid-19, agora os munícipes sofrem com a explosão de casos de dengue, cujos números oficiais parecem não refletir o caos observado na UPA ou no pronto-socorro dos hospitais. Algo precisa ser feito, e já.

Frustração

Com a saída da ex-secretária Claudia Monteiro, e a chegada do atual secretário Rodrigo das Neves, era esperada uma mudança para melhor na saúde pública. Mas a expectativa depositada no novo secretário, mesmo em curto espaço de tempo, acabou em frustração, visto o que está sendo apresentado para a população. Inúmeros catanduvenses estão gravando vídeos e postando nas redes sociais, com reclamações desde o atendimento médico até a falta de um simples soro para ajudar na recuperação dos casos de dengue. Munícipes reclamam que na UPA, em alguns plantões, apenas um médico atende dezenas de pacientes.

Renovado

Vale lembrar que o atendimento nos postos e unidades básicas de saúde, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), é de responsabilidade da Associação Mahatma Gandhi que, após ganhar a nova licitação, irá renovar o contrato de prestação de serviços.

Números

Já foi publicado, na semana passada, aqui em O Regional, sobre o aumento de casos de dengue na cidade. De acordo com boletim divulgado pela Prefeitura de Catanduva no dia 20 de abril, março terminou com 541 casos positivos da doença, aumento de quase 1.000% em comparação com março do ano passado, que teve 50 confirmações. A explosão de casos em março também é 500% superior ao mês de fevereiro. Até o dia 20 de abril, foram 599 notificações e 145 casos positivos e mais 409 casos sendo investigados para confirmação ou não.

Hospital da Dengue

Em 2015, quando Catanduva enfrentou uma das piores epidemia de dengue de sua história, a Prefeitura abriu um hospital de campanha da dengue, que funcionou de fevereiro até abril daquele ano, no prédio do Ginásio Dom Lafayette (Jesus Adolescente), na rua Recife, hoje usado pelo Senai e a Fatec Catanduva. O hospital funcionava das 7h às 22h e era considerado um centro de hidratação, com 70 leitos, sendo 30 camas, e tinha atendimento principalmente para a hidratação e recuperação dos pacientes. No primeiro semestre de 2015, a cidade teve mais de 11 mil moradores infectados e 18 pessoas morreram.

Novo chefe de Gabinete

Foi publicada ontem, no Diário Oficial do município, a portaria nº 143 do Poder Legislativo, nomeando Márcio Mendola para o cargo de chefe de Gabinete da presidência da Câmara Municipal. Mendola vem ocupar o lugar deixado por Fred Salles, que pediu demissão na semana passada.

Governo de SP

Levantamento do Paraná Pesquisas no Estado de São Paulo confirma a liderança de Fernando Haddad (PT), com 29,7% das intenções de voto na pesquisa estimulada, mas pela primeira vez o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) lidera na pesquisa espontânea. Candidato a governador de São Paulo apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio Freitas tem 6,8%, enquanto Haddad soma 4,1%, Márcio França (PSB) 2,3%, João Doria (PSDB) 0,5%, Rodrigo Garcia (PSDB) 0,4%, Elvis Cezar (PDT) 0,1% e Vinícius Poit (Novo) 0,1%. Outros, 0,8%.