PENEIRA FINA – 02/07/2022

É tanto entulho, que até o Google pega

A Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (Saec) postou imagens lastimáveis do terreno situado ao lado da caixa-d’água do Giuseppe Spina, que foi convertido em depósito de entulho. Quem frequenta o bairro sabe que esse local está longe de ser o único que vem sendo utilizado como ponto de descarte irregular de resíduos da construção civil e de galhos. No fim da avenida César Guzzi há tanto entulho que é possível observar até mesmo pelas fotos de satélite do Google Maps e nas imagens do Street View, como estas, de março deste ano. 

Sobra sermão, falta fiscalização

A publicação da Saec que denuncia o descarte irregular de entulho assim afirma: “Que feio...”. Na sequência, vem o clamor para que as pessoas façam o descarte correto. A iniciativa está correta, mas é incompleta. É preciso que haja mais fiscalização, a fim de evitar que essa prática se perpetue na cidade. É de se duvidar que alguém que joga entulho em local público haja assim por falta de orientação. A tendência é que faça isso por achar que jamais será pego e punido. 

Marmitex

A Eagle Business, empresa sediada na cidade de Rosana, na região de Presidente Prudente, tornou a vencer licitação para o fornecimento de marmitas para secretarias municipais de Catanduva. Trata-se um pregão de registro de preços, em que a fornecedora poderá entregar até 27.500 marmitas à prefeitura, pelo valor de R$ 22,25. No total, esse contrato pode atingir até R$ 611.875,00. 

Já rendeu polêmica  

No ano passado, a Eagle Business foi alvo de diversas acusações feitas na tribuna da Câmara Municipal pelo vereador Marquinhos Ferreira (PT), que questionou os valores firmados pela Prefeitura de Catanduva na licitação. Naquela ocasião, outras duas empresas participaram do pregão, com preços menores, enquanto a Eagle Business lançou desde o começo o valor máximo. No fim, as concorrentes acabaram eliminadas e a empresa de Rosana ficou com o contrato. 

Esparadrapo

Uma das componentes da mesa na audiência do Plano Diretor realizada na última segunda-feira, a arquiteta Maria Cristina Pinheiro Machado Sanches fez uma colocação curiosa a respeito da proposta de alteração na legislação, que vem sendo debatida em Catanduva. De acordo com ela, que as mudanças seriam um “esparadrapo”. 

A razão do termo

Na visão da secretária, as mudanças atualmente propostas seriam uma forma de destravar questões que hoje estariam insustentáveis no Plano Diretor em vigor (que é de 2006). Portanto, um remendo. Maria Cristina, para quem não sabe, participou da elaboração do projeto de mudança do Plano Diretor em 2020, durante a última gestão de Afonso Macchione Neto. Aquele projeto acabou não indo adiante. 

Terceira tentativa

Esta é a terceira vez que Maria Cristina participa de uma tentativa de alteração do Plano Diretor em Catanduva. Além das duas já citadas, houve uma em 2011, quando ela ocupava a Secretaria Municipal de Planejamento. Resta saber se ela terá êxito nesta empreitada. Conforme noticiou o jornal O Regional, a subseção da OAB já oficiou a prefeitura e o Ministério Público, cobrando a apresentação dos estudos de impactos que seriam ocasionados pelas mudanças propostas. 

Não sei se vou ou se fico...

Na edição de ontem da Peneira Fina, afirmamos que o tucano Rodrigo Garcia seria o grande beneficiado pela eventual desistência do ex-governador Márcio França (PSB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Horas depois do fechamento da Coluna, a pesquisa Datafolha para governador confirmou a previsão. Sem França no páreo, Garcia empata com o candidato de Bolsonaro, ex-ministro Tarcísio de Freitas, ambos com 13%. França ainda não se decidiu quanto a seu futuro. O PT trabalha por sua candidatura ao Senado.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.