PENEIRA FINA – 02/06/22

Adeus ao Pátio da Discórdia?

Localizado na Vila Amêndola, o Pátio de Serviços da antiga Cindre converteu-se em uma espécie de novela sem fim da política catanduvense. Entra ano, sai ano, vemos governantes de plantão prometendo remover a estrutura do local, por motivos óbvios. Afinal, para a vizinhança do bairro não é nada agradável conviver com o cheiro de óleo e o barulho de maquinário pesado. Pode ser, porém, que a novela do Pátio da Discórdia esteja chegando ao fim. 

Leilão

O prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB) enviou para a Câmara Municipal projeto de lei que autoriza o leilão de diversas áreas de propriedade do município, incluindo o terreno de quase 8 mil metros quadrados, onde se localiza o Pátio da Cindre. Além dele, o prefeito pretende passar nos cobres um espaço anexo, com quase 700 metros quadrados. A proposta do Executivo já foi lida em plenário, mas ainda não foi debatida pelas comissões. Ainda há um longo caminho pela frente, até que o possível leilão venha a se concretizar. 

Projetos para área pública

Antes de surgir o PL do leilão, quase todos os projetos relativos ao Pátio da Cindre visavam transformar a área em um espaço público voltado ao lazer. Em 2017, o então deputado federal Sinval Malheiros chegou a intermediar uma audiência de Afonso Macchione Neto, prefeito de Catanduva na época, com um representante da AmBev. A gigante do ramo de bebidas pretendia destinar R$ 500 mil para a prefeitura investir na construção de um complexo para a Terceira Idade, que seria localizado naquela área. A obra foi avaliada em R$ 1,5 milhão. Sinval comprometeu-se a complementar, via emenda parlamentar, a quantia que faltava. O projeto, contudo, não saiu do papel. 

Já foi pior

Vale lembrar que, se hoje o Pátio da Cindre atazana muita gente, no passado ele incomodou muito mais. Até 2012, o espaço abrigava a Usina de Asfalto do município, que foi desativada por conta de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado por Macchione junto ao Ministério Público. 

O último a sair que apague a luz

A política nas pequenas cidades transcende qualquer noção que possamos ter de polarização. Em Itajobi, a Câmara Municipal segue em ritmo frenético de dança das cadeiras. A última vítima do “paredão” do BBB legislativo foi o ex-vice-prefeito Maicon Essi (PSDB). Segundo vereador mais votado desta legislatura, com 540 votos, ele foi cassado pelo placar de 6 a 3, nesta terça-feira (31 de maio). 

Não pode advogar

Maicon, que é advogado, teria atuado em causas contra o poder público, situação que é proibida por lei. Este não é o primeiro caso de vereador cassado em Itajobi pelo mesmo motivo. Há alguns meses, Marquinhos Advogado (PL) perdeu sua cadeira no legislativo após ser acusado de advogar contra o município e também praticar abuso de poder. O curioso é que o relator da denúncia contra Marquinhos também acabou cassado, só que pela Justiça Eleitoral. O TRE entendeu que o MDB, partido do ex-vereador Roberto Esperandio, fraudou as cotas de gênero, ao lançar candidatas que não tiveram voto algum (nem mesmo o próprio). Por isso, anulou a votação da chapa, o que levou à perda da vaga na Câmara. 

Quem assume?

À boca pequena, correm rumores de que, no caso específico de Maicon, há chances de a condenação ser revertida na Justiça. Enquanto ele não recorre, porém, quem assume a vaga é o tucano Francis Junior Bortolazo. 

Falta de soro para hidratação

Entra epidemia, sai epidemia, e os usuários da rede pública de saúde são forçados a se adaptar às carências que marcam esse serviço tão importante. Com o avanço da dengue, secretarias municipais de saúde da região têm enfrentado dificuldade para comprar soro para reidratação. O produto está em falta no mercado, devido à alta demanda existente. 

E as máscaras?

Enquanto Rio Preto, maior cidade do Noroeste Paulista, optou pelo retorno da obrigatoriedade das máscaras em locais fechados, como forma de conter uma nova onda da Covid-19, a Prefeitura de Catanduva segue sem se posicionar sobre o assunto.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.