PENEIRA FINA – 01.04.23
E vai ter Copa novamente?
Por enquanto, pouca gente está comentando. Mas, nesta semana, o governo federal resolveu embarcar oficialmente em uma empreitada que, em um passado recente, provocou muita dor de cabeça e desgaste político ao mesmo partido que hoje está no poder. Anteontem, a pretexto de receber o tour da taça da Copa do Mundo Feminina - que será realizada a partir de julho, na Austrália e na Nova Zelândia - e também assinar um decreto que se propõe a estimular a prática do futebol feminino no país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou com todas as letras que seu governo irá se empenhar para que o Brasil se torne sede da edição seguinte da competição, que será realizada em 2027. A ideia é encabeçada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A história se repete
Em um de seus mais célebres textos, intitulado “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”, o filósofo alemão Karl Marx afirmou, citando Hegel, que os fatos e personagens históricos costumam ocorrer duas vezes: a primeira como tragédia e a segunda como farsa. Não é necessário ter boa memória para se recordar da onda de protestos que se levantou no Brasil, sobretudo a partir de 2013, por conta dos enormes gastos feitos pelo poder público na construção de estádios suntuosos, muitos dos quais só tiveram serventia na Copa de 2014 e hoje permanecem subutilizados. Se o Mundial daquele ano teve algum legado, foi o de acelerar o desgaste da imagem do PT junto à opinião pública, que sofria com serviços de má qualidade em áreas como saúde, educação e segurança. Podemos questionar, portanto, como é possível o atual mandatário da nação aguardar um resultado diferente para seu governo, repetindo a mesma estratégia...
Estrutura
Ao declarar apoio à ideia de o Brasil sediar a Copa do Mundo Feminina, o presidente argumentou que hoje o país já contaria com a infraestrutura e estádios adequados para receber um evento “Padrão Fifa”. Pode até ser. Mas quem é que não se lembra do Maracanã sendo inteiramente reformado para receber os Jogos Olímpicos de 2016, que ocorreram dois anos depois de o estádio sediar a final da Copa de 2014, entre Alemanha e Argentina? Será mesmo que, com o Brasil sendo escolhido para receber um evento como esse, o governo, a Fifa e as grandes empreiteiras perderão a oportunidade de lançar para o mundo um cronograma de obras “urgentes” e “cruciais”, todas bancadas com dinheiro público? Por ora, fazemos apenas suposições, até porque a sede do evento não está definida. Mas nada nos impede de alertar as pessoas sobre a mobilização que está ocorrendo.
Na Alesp
E quem chamou a atenção na Assembleia Legislativa, nesta semana, foi a vereadora Taise Braz (PT), que viajou para São Paulo a fim de receber a medalha Theodosina Ribeiro. Ela visitou diversos gabinetes e fez foto ao lado de parlamentares de seu partido como Beth Sahão, Thainara Faria, Eduardo Suplicy e Professora Bebel. Ela também se encontrou com integrantes da juventude do PT estadual e o ex-vereador de Curitiba e atual deputado pelo Paraná Renato Freitas.
Companhia ilustre
Durante as agendas realizadas pela vereadora na Alesp, quem acabou atraindo os holofotes foi a pequena Eleonora, filha de Taise. Todos os parlamentares fizeram questão de registrar foto ao lado da menina, que é presença recorrente em atividades políticas das quais a mãe participa.
Celebrou
O ex-vereador Julinho Ramos celebrou a inauguração da escola no Residencial Júlio Ramos (Nova Catanduva II). Em suas redes, ele postou imagens da cerimônia que marcou o início das obras, época em que Afonso Macchione Neto era prefeito e Julinho atuava na Secretaria Estadual de Educação, ao lado do então secretário João Cury.
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