Pelo fim das filas

Continuamos sentindo os impactos do coronavírus, sobretudo na área da saúde. Conforme noticiado por O Regional, monitoramento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2019 e 2020, revelou queda de 34% nos atendimentos oftalmológicos e, mesmo após o período mais crítico da pandemia, a procura por consultas e exames segue abaixo do esperado.

Os dados desta análise, realizada junto à rede pública, mostram que, enquanto o primeiro semestre de 2019 registrou mais de 5,2 milhões de consultas oftalmológicas, o mesmo período em 2021 contabilizou 4,8 milhões. Muitos problemas relacionados à saúde ocular são evitáveis, desde que se tenha o diagnóstico precoce: fator primordial para o tratamento com sucesos da maioria das enfermidades.

Essa situação se repete em outras especialidades médicas, em que houve aumento das filas e atraso nos diagnósticos, colocando a saúde da população em risco. Não que a saúde pública funcionasse de forma plena antes do surgimento do novo coronavírus – longe disso, mas em alguns casos o que já era grave ficou insustentável.

E, como se sabe, com a saúde não dá para esperar. Os mutirões e outras iniciativas quaisquer que possam atenuar isso são bem-vindos, afinal, investiu-se tanto – nem sempre da melhor forma – durante a pandemia e, agora, tal legado precisa ser sentido, com eventual aumento de leitos hospitalares e equipamentos, e algum benefício real e concreto diante do gasto de tanto dinheiro público.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.