Pelé assina com o céu
O tricampeão mundial Edson Arantes do Nascimento anunciou, aos 82 anos e nesta quinta, 29 de dezembro, que passa a integrar, a partir de hoje, o time das Estrelas do Céu. A assinatura do contrato ocorreu no Hospital Albert Einstein, na Capital Paulista. Pelé estava rodeado por seus filhos, demais familiares e amigos no momento da assinatura.
Rumores apontam que um câncer teria sido o elo entre Pelé e as estrelas. No entanto, o próprio tumor emitiu uma nota, negando veementemente. "O único elemento esférico capaz de transportar Pelé para outras dimensões é a própria bola, que aprendeu a chamá-lo de Vossa Majestade. E é por isso, pela bola, que Pelé hoje está indo pra lá", afirmou a doença.
O craque deu entrada no centro de saúde, na capital paulista, em 29 de novembro. As imagens, segundo a equipe que assistia Pelé, confirmaram a perfeita forma física do camisa 10 do alvinegro da Vila Belmiro. Como sabemos, o Rei é autor de verdadeiras magias ao lado de Dorval, Zito, Coutinho, Pepe e companhia.
Dondinho, o pai, e a filha Sandra, aguardando um pouco mais ali, já fazem festa com a mais nova contratação. Alguns dos antigos companheiros do ofício da bola, amigos e admiradores também estão por lá. A mãe, que é Celeste até no nome e inspirou o batismo de uma das princesas do pai, ora e vibra daqui da terra por uma boa travessia de seu filho.
Trajetória
O mineiro chegou ao mundo em Três Corações, no dia 23 de outubro de 1940. Ainda em sua infância, Celeste, Dondinho e família desembarcaram na paulista Bauru. Naquele contexto, o menino era chamado de Dico pelos pais e de Edson pelos amigos. Sempre com o apoio irrestrito de Dondinho, também atleta, Dico deu seus primeiros chutes nas ruas daquela cidade.
Ou melhor e, no início, o menino Edson gostava de atuar no gol, sendo Bilé, apelido de José Lino da Conceição Faustino, sua grande inspiração. O então arqueiro atuava no Vasco de São Lourenço (Minas Gerais), time por onde Dondinho passou antes dele desembarcar no Bauru Atlético Clube.
Como você já deve ter imaginado e, ao fazer suas defesas, o menino não conseguia pronunciar Bilé, trocando-o por “Pegggaa, Pilé”. Nascia, então, um apelido entre os amigos. Pilé torna-se Pelé.
Exatos 82 anos depois de nascer, ouvi dizer que Pelé morreu! Que sandice mais adsurda! PelÉeterno. E mais: foi contratado pelo time do céu, para jogar entre as estrelas!
Boa viagem, Rei. E na próxima tempestade que cair, a gente já sabe que será você, estreando e mandando uma chuva de gols!
Guilherme Renso
Escritor e jornalista
Autor