Quando os cidadãos começam a procurar pelos meios de imprensa para pedir auxílio para solucionar problemas que deveriam ser socorridos pelo poder público, é sinal que as pessoas não estão mais vendo saída. Umas tentaram ligar no pátio de serviços, outras abriram chamado na ouvidoria, teve quem tenha pegado com as próprias mãos uma estrutura de concreto para colocar por cima de uma enorme cratera. No Parque dos Ipês, um munícipe usou seu celular para registrar o perigo que caixas de coleta de água de chuva representam para quem eventualmente caminha pelo gramado, sobretudo para as crianças. No Jardim Alpino, são vários os vizinhos que se dizem incomodados com um gigantesco terreno baldio localizado bem em frente às suas casas onde eram criados cavalos e, atualmente, só há criadouros do Aedes e esconderijos para animais peçonhentos. Nesse caso, eles falaram diretamente com agentes de endemias que passaram pela rua, pediram ajuda, mas nada foi feito. Pela quantidade de materiais inservíveis verificados naquele local, realmente aquele grupo de agentes não poderia solucionar o caso de imediato – mas aquele deveria ter sido o estopim para que seus superiores programassem um mutirão naquele local. Afinal, é a saúde pública que está em risco. Cada caso retratado nesta reportagem traz consigo o drama de pessoas que clamam por atenção.