PEDIDO DE SOCORRO
Não há qualquer novidade no manifesto divulgado pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) e amplificado pela Fundação Padre Albino. Há anos essas instituições estão com o pires na mão clamando por recursos. Agora, mais uma vez.
Já assistimos mobilizações, em outros momentos, contra cortes de verbas, contra redução de percentuais, contra projetos de lei e, em todos esses casos, em favor da saúde.
São inúmeros os municípios em que o atendimento de saúde na média e alta complexididade tem como única porta de acesso aquela oferecida por uma santa casa ou um hospital filantrópico. Não há outro caminho a recorrer caso os atendimentos diminuam ou, nos casos mais graves, tais entidades fechem – sim, é difícil acreditar, mas os hospitais podem falir, quebrar, como qualquer empresa.
Nos últimos seis anos, conforme a CMB, houve o fechamento de 315. Enquanto isso, as autoridades deste país continuam conduzindo as coisas como sempre fizeram, mantendo aquela planilha do SUS pra lá de defasada.
Um aporte de R$ 2 bilhões emergenciais anunciado pelo governo federal, em maio do ano passado, até hoje não se efetivou. Como se houvesse esse tempo todo para esperar, ainda mais na área da saúde. Você, caro leitor, já parou para pensar como seria o atendimento médico na região sem as santas casas ou os hospitais da Fundação Padre Albino? O que restaria? Finalizada esta reflexão, faça a sua.
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