É curioso termos que pedir paz e respeito. Essas coisas deveriam fazer parte do nosso dia a dia, da educação e cultura de base. Mas, muito pelo contrário, estão cada vez mais raras num país tão desigual e um mundo marcado por guerras, invasões e disputas de todo tipo. A polarização da política brasileira só agrava os desentendimentos entre as pessoas, tornando mais comuns do que deveriam ser as discussões entre familiares e amigos.

Temos posições e visões de mundo diferentes uns dos outros, tornando impossível querer convencer quem quer que seja de que seu entendimento é melhor ou correto, em detrimento da opinião alheia. Simplemente não dá para ir neste caminho. A essa altura do processo eleitoral, aliás, quem está com o voto decidido não mudará por nada e é bom que seja assim: mostra convicção naquilo que se vai fazer, independemente se for realmente bom para o país e para todos. Ainda assim, é uma opinião a ser respeitada e, portanto, não combatida.

Hoje, 2 de outubro, é dia de manifestação individual e silenciosa em favor – somente em favor – do candidato favorito. Não é hora de pedir voto, tampouco para confrontar aqueles que ostentam outras cores de roupas por terem feito opção diferente. Conduzindo as eleições em Catanduva desde 2008, Marcelo Micena, chefe do Cartório Eleitoral, aborda muito bem essa questão em reportagem desta edição.

Trecho da entrevista concedida por ele a O Reginal inclusive merece destaque. “O que nós desejamos é que as pessoas enxerguem umas nas outras compatriotas e não inimigos. Porque as diferenças políticas, as diferentes visões de mundo, fazem parte de um regime democrático e são naturais”.

Assim, com paz e respeito, que as melhoress escolhas para o Brasil e para toda a população sejam feitas no dia de hoje. Que todos sejamos ganhadores. Boa votação a todos.