Paz estratégica

Apesar dos trancos e solavancos da vida, cabe ao equilíbrio emocional papel de destaque na organização do mundo e da paz interior. Quem tem o devido equilíbrio não cai nas armadilhas do calor do momento ou de decidir com pressa as direções futuras. Agir com moderação e temperança possibilita escolher de maneira reflexiva os melhores caminhos, mesmo que muitas vezes pareça disparate em um primeiro momento. Tal como no jogo de xadrez, a lógica será entendida pelo público geral apenas algumas rodadas depois. É saber aguentar a pressão interna e externa para que não se percam as jogadas favoráveis aos resultados. Como expressa William Shakespeare, "bem está o que bem acaba".

A paz interior é tanto um processo quanto um produto. De certo modo, ela pode ser sinônimo de felicidade e de consciência limpa e edificante. Ter paz significa ter o domínio interior controlado, senhor de si, de suas emoções e pensamentos.

Quem se controla não se perde facilmente no vai-e-vem da vida e por isso, pode averiguar com propriedade e profundidade as variáveis que envolvem uma situação. É não ser leviano, tampouco parcial. É a verdade integral que vale, mesmo que seja aos custos das impressões. É ver e olhar, mesmo aquilo que não se queira para que se tenha a compreensão profunda sobre o problema e a devida solução. Não raro, é vital se reinventar, dar risadas de si, de suas vistas curtas ou distorcidas. Apenas quem se desafia na busca da verdade maior de Deus obtém resultados superiores atemporais.

 

Paulo Hayashi Jr.

Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp

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