Paralisado da noite para o dia

Quando Patrick Santos abriu os olhos na manhã daquele 31 de agosto de 2020 e percebeu que não conseguia se mexer, deve ter pensado que estava sonhando. Um pesadelo, com certeza. Isso não é coisa de se imaginar que possa acontecer na vida, sobretudo por não ter percebido qualquer sintoma ou sofrido algum tipo de acidente. Mas pelo que ele mesmo e os familiares relatam, o jovem manteve-se centrado e dedicou-se à recuperação, depois de longa jornada de médicos e fisioterapias. Quando contamos essa história, exatamente um ano atrás, a ideia era mostrar ao leitor que é preciso acreditar, resistir, perseverar e ter fé, mostrando um claro exemplo de superação. As falas da mãe de Patrick, Eliandres, e do pai, o pastor Paulo Ramos, mostraram exatamente isso: o jovem estava superando os desafios impostos pela enfermidade. Nesta nova abordagem, um ano depois, trazemos em suas próprias palavras o que essa temida experiência representou para sua vida e o que ele conseguiu extrair de positivo disso tudo. Pelo visto, não foi pouco. A faculdade, o trabalho e o curso de habilitação parecem conquistas comuns de jovens de sua idade que tenham condições financeiras para tal, mas representam muito mais do que isso para alguém que, até recentemente, conseguia mexer apenas o polegar. Não pensar no pior é uma boa dica, mas dificílima de ser seguida quando se está passando por uma provação. Há quem pense em algo ruim diante de coisas até pequenas, deixando qualquer otimismo soterrado pelos pensamentos negativos. Essa, pelo visto, não foi a conduta de Patrick e de sua família, pois eles lutaram bastante, e juntos, por sua recuperação, com fé e coragem. No sentido oposto, eles mostram que é preciso acreditar que, lá na frente, algo bom nos espera.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.