Para quem morre é 100%

Quando o Infosiga, sistema gerenciado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), mostra que o número de mortes no trânsito de Catanduva passou de seis para sete, no comparativo do primeiro quadrimestre de 2022 com o mesmo período de 2023, pode ser que alguém pense que esses 16% de aumento sejam, na verdade, insignificantes. Seria possível dizer, por exemplo, que em números absolutos foi apenas uma morte. Um óbito só, poxa. O problema é que para quem perde a vida e para os seus familiares e amigos, a perda equivale a 100%. Os demais números são desnecessários. Aquela pessoa não está mais aqui, neste plano, e os motivos podem ser muitos: a imprudência dela mesma ou de outrem, eventualmente a imperícia ou, quem sabe, uma fatalidade qualquer. De qualquer forma, o que temos de fato a comentar é que, quando o assunto é acidente e/ou morte no trânsito, só se deve esperar a redução e qualquer aumento, por menor que seja, significa que estamos no sentido contrário ao ideal. A reportagem em questão vem a calhar por ser este o mês do Maio Amarelo, em que são feitas ações de conscientização por todo o país com foco na redução dos acidentes de trânsito e em defesa da paz no trânsito. Em Catanduva, as atividades transcorreram de forma tímida, com uma faixa aqui ou acolá, uma ou outra palestra, e alguns postes pintados de amarelo. Não houve uma abordagem pesada destinada a chocar ou alertar condutores e pedestres sobre seus papeis no trânsito. O mês era propício para esse tipo de temática, mas isso não quer dizer que no resto do ano o assunto não possa ser abordado nas escolas e no centro de educação de trânsito.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.