Para o lado do vento
Planejamento é talvez a demanda mais importante dentro do poder público. Fazer e refazer custa dinheiro público e mesmo fazer no momento errado causa prejuízo.
Desde que a Prefeitura inventou de mexer no canteiro da avenida Virgílio Mastrocola ficou explícito que estava rolando um embate na vizinhança e a tentativa, ali, era agradar todo mundo. O que, evidentemente, é impossível.
Os interesses geralmente são conflitantes e quem costuma tentar agradar a todos geralmente acaba não contentando ninguém. A questão deveria ser baseada em decisões técnicas. Há perigo na existência daquela conversão no canteiro? Se houver, a alça tem mesmo que ser extinta e os condutores seguirem por mais 200 metros, que seja, para fazer o retorno no ponto mais próximo, com a segurança devida.
Não tem que ceder, não tem achismo, trânsito envolve técnica, estudo e segurança viária. Por outro lado, se a passagem dos carros de um lado ao outro pelo canteiro não representa risco, não havia problema algum.
Na pior das hipóteses, se o problema detectado era a localização do retorno e não a sua existência, que de imediato fosse definida a mudança de local, mas não foi bem assim que as coisas aconteceram: a alça foi fechada, provavelmente as reclamações continuaram, a Prefeitura (ou o prefeito?) cedeu e mando reabrir. É assim que as coisas costumam funcionar quando não há planejamento, convicção, estudos técnicos, tampouco firmeza na condução da coisa pública.
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