Pantera Negra: Wakanda Para Sempre estreia quarta

O lançamento oficial é dia 10, mas a pré-estreia acontece no CineX, de Catanduva, nesta quarta. Pantera Negra: Wakanda Para Sempre foi realizado sob o impacto da morte do ator Chadwick Boseman, que fazia o papel de T’Challa, rei e herdeiro da tradição do Pantera Negra, no fictício Wakanda, um país hiper-tecnológico da África, graças ao quase indestrutível mineral vibranium, extraído de um meteoro alienígena (o escudo do Capitão América é desse elemento).

Criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966, o Pantera Negra foi o primeiro super-herói negro dos quadrinhos americanos. Curiosamente, antecedeu em meses o surgimento do grupo político dos Panteras Negras. Não poucos acham que pelo menos o nome serviu de inspiração aos militantes, pois os comics da Marvel eram febre no meio universitário. 

A Marvel não quis substituir Chadwick Boseman por outro ator, nem recriá-lo digitalmente, e manteve segredo de como ele morreu, assim como de seu filho e sucessor. Para se tornar o novo Pantera Negra, o príncipe tem de enfrentar uma série de rituais perigosos e lutar contra o adversário de uma das tribos que compõem a nação, com o sábio Zuri (Forest Whitaker) dirigindo os rituais. Seu maior rival será Erik (Michael B. Jordan), criado nos EUA e que carrega consigo os traumas dessa vivência, assim como as ameaças do mundo exterior: a principal e mais aguardada será Namor, o Príncipe Submarino (o ator mexicano Tenoch Huerta), que nas HQs é o soberano e deus do reino submarino da Atlântida. Como já existe Aquaman, da Distinta Concorrência (DC) com essa exata origem - apesar de que Namor é mais antigo, tendo surgido em Marvel Comics 1, de 1939! -, o estúdio decidiu recriar sua versão, tomando como base a mitologia dos maias, da América Central. Outra estreia será a da heroína Coração de Ferro (Dominique Thorne) que vai ganhar sua própria série no canal da Disney.  

Nos quadrinhos, a irmã de T’Challa, a princesa Shuri (Letitia Wright), cientista que projeta os equipamentos e o traje do super–herói, também deve vesti-lo – a atriz correu o risco de ser cortada do filme devido ao seu comportamento negacionista e antivacina, além de ter sofrido um acidente durante as filmagens. Além dela, tem peso a presença da rainha-mãe Ramonda (Angela Bassett); a agente de inteligência Nakia (Lupita Nyongo’o) e a aguerrida guarda real Dora Milaje, batalhão feminino liderado pela general Okoye (Danai Gurira) e que também terá sua própria série no canal da Disney. Esta formação militar, aliás, foi inspirada na vida real, retratada no filme A Mulher-Rei, recentemente em cartaz.

Pantera Negra: Wakanda Forever tem elenco majoritariamente negro e, como o filme de 2018, também valoriza a herança africana e o combate ao racismo, abrindo caminho para outros filmes que virão na próxima fase, a cinco, da Marvel.

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.