Há alguns dias atrás, tive o prazer de conhecer o trabalho do Fernando Aniteli, do projeto Teatro Mágico, que por sinal, faz um trabalho incrível misturando arte circense, teatro, poesia e música e outras expressões artísticas maravilhosas. Ressalto aqui um ponto interessante que me levou a refletir um pouco acerca do uso da palavra enquanto expressão.

A palavra, em diversos momentos expressa uma função objetiva de comunicação, servindo como meio para aludir algum evento, alguma ideia ou ainda uma explicação de alguma disciplina, notícia, de forma a mediar conhecimentos. Mas uma outra forma de se utilizar a palavra se dá pela expressão poética. Ao se brincar com a estrutura poética, é possível criar rimas, poemas, músicas, imagens gráficas que fomentam a imaginação e atingem diretamente nossas emoções.

Infelizmente, há outras formas de se utilizar a palavra, esta se dá através do uso deturpado, distorcendo as premissas iniciais em forma de ataque e ódio. Creio que vale a pena levar a conhecimento que há uma ciência que estuda o simbolismo existente em cada discurso e compreender qual a mensagem a ser comunicada, a chamada Análise do Discurso.

Mas voltemos ao motivo que me fez refletir sobre o uso da palavra, em especial sobre o uso que nos afeta – Afetividade, em resumo, é aquilo que afetamos e que nos afeta, que mobiliza nossas emoções – assim, conseguimos observar porque algumas pessoas conseguem atingir nosso âmago com algumas palavras, com alguma poesia, música. Enfim, a palavra, bem utilizada, pode promover sensações inimagináveis.

Faço um convite a todos, observem as palavras utilizadas com carinho, seja de forma de fruição ou até mesmo de ponderação para evitar devaneios, de toda forma, a palavra, como parte de uma expressão, possibilitará singelas reflexões em nosso dia-a-dia, basta darmos a devida atenção.