Pais ausentes

“O desenvolvimento socioemocional da criança está intrinsecamente e, igualmente ligado a figura materna e paterna, sendo o pai e a mãe, essenciais para que o filho possa desenvolver o sentimento de pertencer a uma família e de sentir-se aceito.” É o que afirmou o psicólogo Anderson Pedro, em entrevista concedida ao jornal e que compõe a reportagem desta edição sobre os pais ausentes – cujos números apresentaram tendência de alta no ano passado e neste. A manifestação do profissional se deu após ser questionado sobre os impactos emocionais enfrentados por uma criança que cresce sem a presença do pai e se a mãe, sozinha, consegue suprir essa falta. Por mais que saibamos que muitas dessas mães são verdadeiras lutadoras e, seja nas áreas financeira ou emocional, desdobram-se para ser duas em uma, é nítido que, para a psicologia, o apoio da figura masculina faria total diferença para o desenvolvimento do filho ou filha. Na reportagem, o especialista apresenta motivos e explica o reflexo dessa ausência. O que fica sem resposta, entretanto, é porque os indicadores estão aumentando, ao mesmo tempo que o número de nascimentos vem reduzindo desde o surgimento do coronavírus. São linhas inversamente proporcionais que trazem preocupação sobre as consequências que a desestruturação das famílias acarreta para as crianças e para a sociedade como um todo.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.