Pai por escolha, amor por destino

O Dia dos Pais foi no domingo, mas quero voltar ao tema. Entre tantas homenagens, me comoveu muito a matéria do Jornal O Regional com o querido amigo Carlinhos Rodrigues, que destacou história dele, um ator catanduvense, e seu filho Ian, de 17 anos, que foi adotado ainda recém-nascido. A matéria ressalta a relação entre pais biológicos e adotivos, demonstrando como o amor e a dedicação de um pai transcendem qualquer barreira genética.

O vínculo entre pai e filho é uma ligação profunda, que não se limita a laços sanguíneos. Carlinhos é um exemplo vivo de como um pai adotivo pode moldar a vida de um filho de maneira significativa, tão intensamente quanto um pai biológico. Sua firme convicção de que o amor é o elo mais forte supera qualquer dúvida sobre a diferença entre pais de origem biológica e pais que escolhem adotar.

Em suas próprias palavras, ele compartilha a experiência de paternidade, destacando a importância de equilibrar cobrança e carinho na criação do filho. Ele enfatiza a essência do relacionamento entre eles, que se baseia em respeito, devoção e dedicação. Carlinhos não apenas educa Ian para enfrentar a realidade, mas também para perseguir seus sonhos, sempre mantendo os pés firmes no chão enquanto alcança as estrelas.

A história também desmente mitos e preconceitos associados à adoção. Carlinhos não se deixou intimidar por estereótipos infundados, que afirmam que filhos adotivos são mais propensos a causar problemas. Ele desafia essas noções, ressaltando que todos os filhos, independentemente de sua origem, podem apresentar desafios, mas o amor e a educação adequada são fatores determinantes para moldar um indivíduo.

A determinação de Carlinhos e Drika, em adotar um filho reflete sua compreensão profunda do compromisso que essa decisão requer. Adotar não é uma escolha tomada levianamente, é uma jornada de cuidado e dedicação, tão séria quanto a paternidade biológica, destacando a importância de adotar com responsabilidade, conscientes das lendas infundadas que cercam a adoção. Eles inclusive desafiam a sociedade a reavaliar suas perspectivas preconceituosas e a enxergar a adoção como uma bela forma de construir uma família.

Essa história é uma celebração do poder do amor. Ela nos lembra que a paternidade transcende os limites da genética, ressaltando que o amor, o respeito e a dedicação são os alicerces para uma relação forte e duradoura. Seja como for, o que importa é o coração e a vontade de criar uma conexão que moldará o futuro de ambos, superando qualquer desafio, preconceito ou barreira, unindo dois corações de maneira inquebrável.

Autor

Julinho Ramos
Ex-vereador de Catanduva e especialista em Gestão e Controle de Processos na Administração Pública