Padre joga pressão sobre a rede bancária

Difícil prever o desfecho da regulamentação feita pelo prefeito Padre Osvaldo à lei municipal que criou o Sistema de Vigilância e Proteção aos Usuários de Estabelecimentos Bancários e Financeiros, em 2021. As regras, em resumo, buscam proteger as pessoas que usam a rede bancária e financeiras, exigindo dessas instituições um vigia até as 22 horas na área destinada aos caixas eletrônicos. No texto da norma está expresso que o objetivo é evitar golpes. Agora, com o decreto, o chefe do Executivo dá sinal de que bancos e financeiras poderão ser multados caso ignorem tal legislação e joga para os fiscais de Posturas a incumbência por fiscalizar. Passando para um exercício de futurologia, podemos prever que mesmo com a regulamentação a lei custará a sair do papel, tal como a da fila dos bancos, que muitas vezes é ignorada por tais instituições. Aliás, até mesmo as multas costumam ser por, simplesmente, não causarem medo. Algo parecido foi visto durante o período mais crítico da pandemia do coronavírus em bancos que pouco fizeram para forçar o distanciamento entre seus clientes e, quando autuados, pouco ou nada mudou. Outra possibilidade que não pode ser descartada diante da pressão sinalizada por Padre Osvaldo é que os bancos apelem para o Judiciário, a fim de evitar a obrigatoriedade. Vale frisar que a essência da coisa toda é positiva e os usuários desses locais carecem mesmo de mais segurança e atenção, inclusive durante o dia, ao longo do expediente bancário. Resta saber quais as próximas jogadas deste xadrez complexo, que envolve empresas milionárias e que não têm em seu histórico a preocupação que clientes e bancários esperam e merecem.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.