Os terrores de Longlegs - Vínculo Mortal e Pisque Duas Vezes

Filmes de terror, um dos gêneros dominantes no cinema atual, voltam às telas de Catanduva, no Cine X, com Longlegs - Vínculo Mortal e Pisque Duas Vezes.

Longless é dirigido por Osgoord "Oz" Perkins (de A Enviada do Mal e A Casa do Terror). Além disso, ele é filho de Anthony Perkins, célebre pelo papel de Norman Bates em Psicose, de Hitchcock. O filme é uma narrativa de suspense psicológico e elementos sobrenaturais.

A trama segue a agente do FBI Lee Harker (Maika Monroe, de Corrente do Mal), designada para reabrir um caso envolvendo um serial killer, Nicolas Cage. Ele entrega uma atuação arrepiante como Longlegs, com os assassinatos incomuns de famílias, sem deixar rastros, apenas cartas enigmáticas.

À medida que a investigação avança, Harker descobre ligações pessoais com o caso, aumentando a tensão e o envolvimento emocional. Ela descobre uma conexão inesperada com o criminoso, numa corrida contra o tempo para evitar novas vítimas. Lee percebe que algo sinistro a observa de perto, ameaçando não só o desfecho do caso, mas também sua própria segurança.

O baixo orçamento de 3 milhões de dólares e o sucesso com cerca de 100 milhões, torna o filme ainda mais impressionante. A fotografia cria uma atmosfera sombria e imersiva que complementa a trama. Referências clássicos do terror como O Silêncio dos Inocentes, são evidentes e contribuem para a sensação de nostalgia.

Curiosamente, Cage foi mantido em segredo nos trailers, aumentando a surpresa de sua revelação no filme. Além disso, a direção de Perkins é elogiada por criar tensão e medo, sem recorrer a clichês.

Pisque Duas Vezes tem como principal atração a direção da atriz, cantora e modelo Zoë Kravitz. O filme é um thriller psicológico que segue a história de Frida (Naomi Ackie), uma garçonete que conhece o bilionário da tecnologia Slater King (Channing Tatum) em uma festa. Ele a convida para passar férias em sua ilha particular. O que começa como um flerte se transforma num pesadelo, com Frida começando a perceber coisas estranhas na ilha e questionando sua própria realidade. A estética do filme destaca o colorido e luxo dos prédios e paisagens da ilha, passam a ideia de um mundo perfeito. Aos poucos, um clima desconfortável paira sobre o paraíso, e Frida tenta desvendar os segredos ocultos da ilha para sobreviver ao que se torna um pesadelo, com situações cada vez mais sinistras, desafiando sua percepção da realidade.

Zoë começou a escrever o roteiro durante o movimento MeToo, que expôs vários magnatas acusados de crimes sexuais, tornando-se uma metáfora da própria indústria do show business.

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.