Os novos e velhos jogadores

Estão começando a pipocar aqui e ali os seres que somente se manifestam a cada quatro anos, entre eles, muitos novos que querem seu lugarzinho, seja na câmara, seja como comissionado. Muitos alardeiam compromissos com determinado segmento, que, se pegarmos para analisar, nunca sequer ajudaram em nada.

É o jogo político? Talvez, mas aqui, mais uma vez, vale destacar que é necessário olharmos com cautela para os velhos, mas também para os novos jogadores, pois existem aqueles que, mesmo falando sobre benefícios sociais, para a população carente, melhorias nos serviços públicos e toda aquela ladainha que explode a cada novo pleito, jamais irão contra as alianças políticas que fizeram. Aqui não é por fidelidade partidária, muitos são pela falta de caráter mesmo.

Aliás, há quem defenda estado mínimo, mas vive no poder público, pedindo estado máximo para si, tão somente para si. Os demais, que a meritocracia garanta um lugar ao sol, caso contrário, não é merecedor de condições mínimas de vida.

Aqui eu reforço, não votem por serem conhecidos, amigos, parentes ou afins, essa forma de pensar é caótica e só traz problemas, já que não foram observadas as capacidades mínimas exigidas para exercer um mandato político. Nem votem também nesses figurões que fizeram da política seu trabalho, que não largam o osso por nada nesse mundo.

Precisamos sempre renovar, do executivo ao legislativo, todos, sem exceção, mas para isso, o voto deve ser consciente, pensado, refletido, analisado e após tudo isso, refletido novamente à luz das competências de cada candidato. Não se deixem enganar com tapinhas nas costas e promessas, sorrisos e floreios, quem está nesse jogo, não tem medo de se sujar para conseguir o que quer, nem que seja te enganar com isso.

A estrutura democrática representativa funciona, desde que nós, enquanto sociedade, saibamos escolher e cobrar quem realmente vá nos representar, caso contrário, ainda permaneceremos como vítimas do sequestro de nossos votos, na qual, teremos de assumir a responsabilidade por nossa incompetência.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva