Os mortos não morrem
A morte é um boato, consequentemente os mortos não morrem, incluídos os Irmãos ateus materialistas. Diminuir a relevância desse fato, que atinge de forma inexorável os seres humanos, seria negar a realidade. Você não é obrigado a acreditar na sobrevivência dos Espíritos, nem que possam dirigir-se às criaturas terrestres, quando por Permissão Divina. Contudo, sua descrença não significa que eles não existam ou estejam condenados à mudez.
Diz Jesus, no Seu Evangelho, segundo Marcos, 12:27: “Deus é Deus de vivos, não de mortos. Como não credes nisso, errais muito”.
Esta afirmação — os mortos não morrem —, que a toda a humanidade envolve, fiz colocar nos portais da Sala Egípcia do Templo da Boa Vontade (TBV), o monumento mais visitado da capital do Brasil, conforme a Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF).
Guardemos dos que partiram uma lembrança esclarecida, como no conselho de Ralph Chaplin (1887-1961): “Não lamente os mortos... Lamente a multidão, a multidão apática, os covardes e submissos, que veem a grande angústia e as iniquidades do mundo sem se atreverem a falar”.
Os mortos, hoje, somos nós amanhã. Condenando-os ao "desaparecimento", por força de nossa descrença ou medo de enfrentar a Verdade, poderemos "decretar" o mesmo destino para toda a gente, atrasando sua evolução, até que, com maior esforço, se descubra que o grande equívoco da humanidade é ainda crer que a morte seja o término de tudo.
A morte não interrompe a Vida. Na Terra ou no Céu da Terra, persistimos em trilhar a existência perene. Mas um esclarecimento se faz necessário: essa consciência de Eternidade jamais pode ser vista como justificativa ao suicídio, que é uma ofensa ao Criador e à própria criatura.
Aos que descreem: concedam-se o cientificamente consagrado direito à dúvida. E se a Vida não cessa com a morte, hein?
José de Paiva Netto
Escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É presidente da Legião da Boa Vontade (LBV)
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