Já falamos sobre isso neste espaço. Passados dois anos de pandemia e um ano e meio com a campanha de vacinação em andamento, o país continua falhando na oferta de vacina contra a Covid-19. Em Catanduva, não há doses disponíveis para a quarta aplicação para pessoas a partir dos 50 anos e profissionais de saúde.

A expectativa é que esses dois grupos sejam chamados à imunização tão logo o estoque seja abastecido, esta semana talvez. Para os demais, há vacinas disponíveis. Mas, oras bolas, com toda a experiência adquirida ao longo do ano passado, será que é mesmo tão difícil manter o abastecimento em dia para que todos os públicos possam ser vacinados dentro do prazo mais indicado pelas entidades médicas?

Pelo visto, ajustar essa logística deve ser coisa de outro mundo, tanto que não há pessoas entendidas o bastante para conseguir tal proeza. Enquanto isso, seguimos naquela toada: uma cidade tem dose, a outra não tem.

O cidadão espera com calma a boa vontade das autoridades, esperançoso de que a tal dose chegue logo e que, quiçá, seja a última necessária para não se desgastar entre idas e vindas atrás da próxima dose.

Quando há falta, aliás, um ente culpa o outro e responsabilidade nunca é de ninguém. Talvez seja nossa, cidadãos comuns, que não aprendemos a produzir vacinas, tampouco distribuí-las com arrojo. Ou nosso crime seja o de não saber votar.