Origem dos nomes de duas importantes capitais
RIO DE JANEIRO: Não existe nenhum rio chamado Janeiro no município de São Sebastião do Rio de Janeiro. Aliás, o nome completo da capital fluminense homenageia o santo homônimo do imperador Dom Sebastião, que governava Portugal quando a cidade foi fundada oficialmente, em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá. Para completar o combo, São Sebastião também é o santo padroeiro local. Sobre o “sobrenome” Rio de Janeiro, a história registra que, quando os portugueses aportaram na Baía de Guanabara, no primeiro dia de 1502, acharam se tratar de um grande rio. Por causa da data e do equívoco hidrográfico, teriam nomeado todo o entorno de Rio de Janeiro – mas há controvérsias, já que navegadores tão experientes dificilmente confundiriam uma baía com um rio. Já naquele tempo, porém, os índios temiminós chamavam a região de guanabara (“seio do mar”), baía arredondada e abundante em pesca. Outra nomenclatura ancestral, que veio antes da colonização europeia, designava uma das aldeias tupinambás, povo que era maioria na região à época. Eram os chamados “cariocas”, termo que até hoje distingue os nativos da capital dos demais fluminenses.
SÃO PAULO: A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras brasileiras pelos portugueses, a partir do século XVI. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar com a intenção de construir um colégio católico. Chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram o que viria ser a capital paulista. O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo. Por isso, a ele dedicamos nossa casa!” O que poucos sabem é que São Paulo não era o padroeiro da cidade. Durante boa parte da história da capital, Santa Ana, a padroeira da terceira idade e protetora dos marceneiros, era a patrona. Somente em 2008, depois de um pedido pessoal do cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, ao papa Bento XVI, isso mudou. Desde então, o apóstolo que batizou a capital se tornou também o seu patrono. Fato é que, São Vicente, a primeira cidade brasileira, foi fundada por Martim Afonso de Souza, em 22 de janeiro de 1532; São Paulo surgiu 22 anos depois e o Rio Janeiro somente após 55 anos.
Fontes: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/qual-e-a-origem-do-nome-do-rio-de-janeiro/ - https://saopaulosecreto.com/por-que-sao-paulo-tem-esse-nome/
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