Ônibus no vermelho

O subsídio milionário feito pela Prefeitura de Catanduva ao transporte público coletivo desde que começou a pandemia tende a se tornar definitivo. Quem conhece o sistema sabe que a quantidade de gratuidades é gigantesca e que, na maior parte do dia, é justamente esse público que faz uso dos circulares. Por outro lado, a eficiência do próprio sistema é questionável, já que as linhas são longas e, com isso, demoradas, desagradando e afastando aqueles que conseguem outra opção de transporte. Para agravar, os veículos claramente não são novos, o que deve exigir maior custo com manutenção e ampliar os riscos de quebras, voltando ao ponto anterior, por ser este mais um aborrecimento vivenciado pelo usuário – que tende a perder horas de trabalho no caso de um problema mecânico repentino desses, por exemplo. Colocando tudo isso no papel, a conta não fecha, a não ser com bons incentivos públicos. É assim em São Paulo e São José do Rio Preto, por exemplo e, ao que parece, Catanduva não fugirá à regra. Talvez o famoso circular nunca mais volte a ser o que foi um dia na cidade, no que se refere à quantidade de passageiros. A não ser que ele mesmo mude, afinal, todas as coisas mudaram com o passar dos anos, a cidade cresceu e, claro, novas formas de deslocamento surgiram. Com isso tudo e aliado à pandemia, bancar o transporte das pessoas idosas, ao que parece, pesou nas contas das prefeitura e a União precisou ajudar. A verba repassada a estados e municípios para custear a gratuidade dos idosos mostra que o cenário relatado neste texto não é exclusivo. Catanduva é mais uma na multidão, mas precisa fazer sua parte e buscar melhorias e por mais eficiência. Sempre.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.