Onde estão os empregos?
A manchete da edição de ontem “Catanduva abre 1,7 mil vagas de emprego em nove meses” motivou debate nas redes sociais de O Regional. Em linhas gerais, a grande questão levantada entre os leitores foi “Onde estão os empregos?”, com a maioria demonstrando surpresa, indignação ou até ironia diante dos números. Teve quem tenha dito que “trabalho tem, mas que é preciso querer trabalhar”, despertando a ira de outros que relataram a dificuldade em se obter um emprego na cidade. A exigência de qualificação e experiência, que reduz as chances de muitas pessoas encontrarem uma oportunidade, também foi lembrada por outra internauta. O embate seguiu para a área política, envolvendo Bolsonaro e Lula. O prefeito Padre Osvaldo também foi citado em um comentário mais pesado, que sugeriu que as lombadas devem ter sido somadas na conta e lembrou do mutirão do emprego “que foi um fracasso meia dúzia de vagas”. “Vc que está desempregado pode vir pra catanduva está chovendo emprego”, provocou. O que se pode tirar disso tudo é que, ainda que a cidade tenha realmente gerado quase 1,7 mil postos de trabalho com carteira assinada ao longo de nove meses, o que daria média de 188 vagas ao mês, fica evidente que isso é muito pouco para as necessidades da população. Em outras palavras, na vida real o que as pessoas sentem é que o desemprego prevalece e que a busca por um trabalho é pesada e sacrificante. E, ainda, que essas vagas geradas ao longo do ano não fizeram lá muita diferença no cenário geral, mesmo que possam ter mudado a vida dessas famílias. O que não se discute, nessa história toda, é que Catanduva realmente precisa de indústrias, novos negócios e de incentivo para que o setor empresarial possa investir, crescer e gerar empregos, proporcionando nova visão das pessoas sobre nossa própria cidade.
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