O que vai restar aos servidores municipais?

O governo Padre Osvaldo continua sua cruzada quase religiosa para a terceirização de todos os serviços públicos que forem possíveis. Se fosse em âmbito nacional, a conduta alimentaria a velha discussão entre quem defende e quem crucifica as privatizações. Em terras feiticeiras, a cada atividade que passa para as mãos da iniciativa privada, seja por meio da chamada PPP – Parceria Público Privada, como no caso da manutenção da iluminação pública, ou por contratos feitos por licitações aparentemente comuns, como a da zeladoria ambiental e da limpeza das escolas, a pergunta que fica é: o que vai restar aos servidores municipais, já que suas funções estão sendo, pouco a pouco, esfaceladas. Há quem defenda a terceirizações de serviços de forma global por entender que ela representa ganho de eficiência e, sobretudo, proporciona agilidade para a substituição de pessoal, o que todo mundo sabe que não acontece no poder público, devido aos cargos concursados. Por outro lado, também é sabido que a administração não pode (ou não poderia?) contratar serviços para os quais ela possui profissional apto dentro do seu quadro de pessoal. No caso do transporte escolar, por exemplo, é óbvio que os motoristas serão espalhados pelas repartições públicas para que continuem desempenhando suas funções, mas tal movimento não deixa de ser drástico e passível de descontentar muita gente. Vale lembrar, por fim, que com os ônibus parados aumentará o risco de sucateamento.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.