O que move as pessoas

É difícil entender quais interesses movem as pessoas, sobretudo quando discurso e atitudes não coincidem. No episódio que estamos acompanhando, em que o Ministério Público de São Paulo recomendou o cancelamento da audiência pública para revisão do Plano Diretor feita em janeiro e, diante de nova tentativa no mês passado, fez inúmeros questionamentos – ainda não respondidos – à Prefeitura, chega a ser surpreendente a forma como as coisas vão sendo conduzidas pelos gestores públicos.

Parece que agem à revelia do Judiciário, talvez por entenderem que estão seguindo as regras e que vão provar isso mais tarde ou, quem sabe, por não se importarem com o futuro, apostando que depois que as coisas estiverem feitas não tenha mais volta.

Afinal, basta lembrar de mudanças anteriores feitas no Plano Diretor que, entre outras coisas, possibilitaram a construção do Nova Catanduva e, tempos depois, apesar de constatada a ilegalidade, as casas já estavam lá, construídas e habitadas, e obviamente não poderiam ser derrubadas simplesmente porque a lei que as autorizou não mais existia.

Foi um caminho sem volta e quem o trilhou permanece impune. Se o enredo deste novo capítulo for semelhante àquele já assistido pela população, resta torcer para que desta vez as máscaras possam cair, a verdade vir à tona, a justiça de fato prevalecer e que o desfecho da história seja outro.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.