O que mais precisamos

Parece bastante óbvio que os temas de maior interesse da população, manifestados à equipe da Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tenham sido saúde e assistência social. No primeiro caso, a temática provavelmente prevaleceria em qualquer localidade do país, pois as demandas relacionadas à saúde seriam, digamos, que infinitas. Ainda que os investimentos fossem suficientes e todos os serviços funcionassem a contento, como não se trata de uma matemática exata, haveria pontos a aprimorar. Claro que estamos bem distantes desse cenário ideal, então, portanto, é de se imaginar que as pessoas anseiem por melhorias na rede pública de saúde e nada mais justo que o governo estadual direcione seus esforços neste sentido. Quanto à área social, é de se presumir que as famílias não tenham conseguido se recuperar por completo da crise sanitária e econômica causada pela pandemia do coronavírus, apesar de a vida ter, em tese, voltado à sua normalidade. Quem acumulou dívidas naquele período na luta pela sobrevivência, muito provavelmente as arrasta até hoje e continua na batalha diária para reconstruir a vida. Há aqueles que literalmente precisaram da ajuda do poder público para viver e, nesse caso, a história é ainda mais grave – é o público que depende, necessariamente, das ações assistenciais para seguir em frente. De um modo ou de outro, a importância dos programas sociais estará sempre na mente dessas pessoas: seja para quem está na linha da pobreza ou para quem precisa de auxílio pontual ou mesmo um empurrão para avançar, como a oportunidade numa frente de trabalho. Talvez, inclusive, o foco no social esteja relacionado à falta de empregos para esse público que nem sempre possui a qualificação adequada. A boa notícia, talvez, tenha sido a ausência do quesito educação, o que, em tese, pode mostrar que o setor caminha bem.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.