O que esperar do novo governo?

Sempre que se inicia um novo governo, reina expectativa de como irá se comportar durante os quatro anos de gestão governamental.

O novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mal começou, está cercado por inúmeras dúvidas e receio quanto ao seu futuro, principalmente entre os participantes do mercado financeiro, temerosos acerca das decisões econômicas do governo presidido pelo petista.

No que tange ao Ministério da Fazenda, uma das pastas mais importantes, Haddad é alguém que Lula respeita e que já foi testado na prefeitura de São Paulo e no Ministério da Educação, porém, resta saber se terá êxito no andamento da economia, fazendo com que haja um equilíbrio e que satisfaça os empreendedores e investidores de todo o país.

A promessa de fortalecimento das políticas públicas, redução das desigualdades, são as principais bandeiras do começo do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, porém, tudo indica que não haverá caminho fácil a ser percorrido para o novo governo, a começar pelo orçamento. É consenso entre os entrevistados que deram seu depoimento, afirmando que não haverá grandes avanços, principalmente em função das divergências da oposição, o que é perfeitamente normal em qualquer administração pública.

O orçamento do SUS (Sistema Único de Saúde) sempre foi um desafio, mas nos últimos anos o desmonte da saúde tornou-se um dos problemas mais abrangentes, por mais que o governo tenha se empenhado, visando algumas melhorias e agilização no atendimento em caráter de urgência, deixa muito a desejar, por isso, há necessidade de métodos e critérios mais eficientes nesse campo do atendimento à saúde pública.

Durante a campanha presidencial, Lula fez menção a diversos aspectos, entre eles, a implementação de mutirões para zerar filas de consultas, realização de exames e cirurgias acumulados durante a pandemia, aceleração dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país com o programa "Médicos Especialistas", além dos exames preventivos para as mulheres e tratamento de câncer de mama e colo do útero.

Entre as promessas consta a implementação do programa "Mais Saúde Brasil", porém, na prática, a realidade foge por vários motivos, dentre eles, a falta de médicos especialistas para prestação de serviço junto à população carente que se utiliza exclusivamente da UPA ( Unidade de Pronto Atendimento) para os casos mais urgentes, visando, efetivamente, soluções que possam minimizar o sofrimento dos que comparecem a essa unidade de atendimento.

Desde 2016, a saúde da população e o SUS sofreram retrocessos. Foi um contexto de restrições de direitos sociais por conta da pandemia, porém, no momento atual, é claro que nos postos de atendimento pela UPA há necessidade do uso de máscaras e há de se respeitar essa exigência, porque ninguém pode garantir que estamos definitivamente livres da Covid-19, porém, trata-se de uma fase diferente daquela vivida no início da doença que vitimou milhares de cidadãos e cidadãs.

Em seu primeiro discurso, após a confirmação da vitória nas eleições de 30 de outubro, o atual presidente falou sobre as prioridades para o seu futuro governo, enfatizando aquelas que correspondem a novos tempos de progresso efetivo em favor de toda a população brasileira.

Entre os pontos destacados, Lula deu ênfase ao desejo de conquistar a credibilidade e a estabilidade do país, diante do restante do mundo como forma de reforçar as suas inspirações como presidente da República.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.