O Imes ainda respira

A população catanduvense alimenta uma relação de amor e ódio pelo Imes Catanduva. A instituição de ensino criada em 29 de julho de 1966 é uma das mais tradicionais da região, tendo participado de forma direta da história da cidade e da vida de milhares de pessoas que conseguiram o diploma de ensino superior em suas salas de aula, desde os tempos de Fafica. Por outro lado, nos tempos recentes, afundou-se em dívidas trabalhistas e previdenciárias, assistindo à debandada dos alunos, talvez atraídos por outras instituições que de uma forma ou outra se tornaram mais atraentes que o bom e velho Imes. Viu, também, muitas pessoas falarem em fechamento, venda ou encampação, já que essas pareciam ser saídas viáveis diante de tantas dívidas. Daí a divisão de sentimentos e fileiras: há quem ame e quer a preservação do Imes como autarquia municipal e os que não querem mais dinheiro público sendo injetado nele, por entender que as tentativas feitas até aqui já bastam. Basta lembrar, por exemplo, que o Imes foi usado até para oferta descontrolada de bolsas de estudo por algum tempo, o que possibilitou não mais do que um voo de galinha – tornando-se ainda alvo de debate durante a última campanha eleitoral. Afinal, qual a solução para o Imes? Nos últimos dois anos, o que se vê é nova injeção de recursos – talvez a maior da história – e a busca por novos cursos que possam ressuscitar o Imes e atrair nova geração de estudantes, inclusive os interessados no ensino a distância. Se o plano der certo, o Imes ganhará novo fôlego e ares bem mais joviais.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.