O Dublê traz “Duro na Queda” para os cinemas

O Dublê, filme de maior atração esta semana no CineX, no Shopping de Catanduva, é baseado numa famosa série de ação dos anos 1980: Duro na Queda (1981-1986) estrelada por Lee Majors, mais conhecido por outra série icônica daquela época, Cyborg – O Homem de Seis Milhôes de Dólares.

A nova versão tem Ryan Gosling (O Ken, do megassucesso Barbie) no papel de Colt Seavers, um dublê (o cara que substitui o astro principal nas cenas perigosas), que entre um filme e outros, se mete em várias aventuras, como era a premissa da série.  

A história acompanha Colt Seavers (Gosling), dublê de Hollywood que precisou abandonar a vida de acrobacias perigosas que ele adorava como dublê de Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson), astro dos filmes de ação, cujo rosto é o que leva a fama, enquanto ele rala nas sequências perigosas. E, principalmente pelo romance que mantém com Jody (Emily Blunt), assistente de direção que o supervisionava. Porém, um acidente coloca Colt para fora do filme e precipita o fim de sua carreira, o levando a trabalhar como manobrista. No entanto, a produtora Gail (Meyer Hannah Waddingham) faz Colt voltar ao set para cumprir uma outra missão, além de dublar as cenas do astro e protagonista do longa: Tom desapareceu e a produtora quer que ele procure por seu paradeiro. Assim, enquanto grava suas sequências  de ação, Colt descobre que pode ter se envolvido em algo muito maior do que um simples trabalho como dublê.

Em O Dublê, não faltam cenas de ação, assim como na série que o inspirou. The Fall Guy (literalmente,”o cara caído”) revela o papel perigoso dos stuntmen, homens e mulheres que cujo rosto nunca aparece, mas suportam com sua técnica e perícia as mais perigosas sequências que poriam os atores em risco.  

É bem verdade essa profissão já foi mais perigosa no passado, com muitas cenas sendo agora feitas atualmente com o uso de efeitos digitais. Mesmo assim, há cenas em que o realismo torna imprescindível que elas sejam feitas no modo antigo. O filme tempera cenas com algum humor, mas não faltam capotamentos, voos de helicópteros, barcos e saltos de janelas, resgatando o clima de ação dos filmes dos anos 1980.

Uma curiosidade sobre o filme é que o diretor, David Leitch (Deadpool 2 e Trem Bala), também foi um dublê na vida real. Isso adiciona uma camada de autenticidade à representação do trabalho de dublês no filme.

Além disso, O Dublê quebrou um recorde impressionante de produção. O filme se tornou recordista de "Cannon Rolls", uma técnica delicada que consiste na propulsão de carros para produção de cenas com capotadas. O dublê de Gosling, Logan Holladay, passou por oito capotadas e meia em uma cena, superando o antigo recorde de sete capotadas durante as filmagens de 007: Cassino Royale (2006).

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.