O dia em que tudo parou

Não estamos fazendo referência à música de Raul Seixas, de título semelhante, “O dia em que a Terra parou”, mas sim à calmaria e paradeira que tomou conta da cidade, na tarde de ontem, durante o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar. Mesmo quem não acompanha futebol ou não gosta de dedicar seu tempo a esse lazer teve dificuldades em manter sua rotina, já que a maioria dos estabelecimentos baixou suas portas. Um leitor, já na véspera da partida, procurou pelo jornal para reclamar de ter procurado por um sindicato e ter se deparado com um cartaz na porta anunciando a retomada das atividades somente na segunda-feira. Em uma academia de ginástica, as clientes usaram grupos de conversação para criticar a decisão da empresa em suspender as atividades no horário do jogo; elas queriam treinar normalmente, sem se dar conta que os funcionários provavelmente gostariam de torcer pelo Brasil. A verdade é que não há como manter as coisas funcionando normalmente no chamado “país do futebol”, em que a Copa do Mundo sempre movimentou multidões ou, melhor, parou multidões em frente aos televisores, telas e telões. Essa situação vai se repetir nas próximas partidas do time de Tite: o que se tem de certeza é que serão mais duas datas, nos dias 28 de novembro e 2 de dezembro, contra Sérvia e Camarões, mas pelo futebol apresentado ontem, sem abusar do otimismo, já é possível apostar que ao menos até as oitavas-de-final os brasileiros chegarão.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.