O Custo Brasil na pele

A soma dos repasses de impostos estaduais a que Catanduva tem direito chegou a R$ 122,5 milhões de janeiro a dezembro de 2022, concretizando alta de 16,4% com relação ao ano anterior, que atingiu R$ 105,2 milhões. O montante de 2021 já havia sido superado 60 dias antes do exercício terminar, em outubro. A nova arrecadação é a mais alta de toda a série histórica iniciada em 1995. Isso, caro leitor, noticiamos no início deste ano. Hoje, revelamos que, ao longo de 2022, a arrecadação de tributos municipais totalizou R$ 136 milhões, com alta de 11,4% na comparação com o ano anterior, segundo dados do Impostômetro. Ainda, mostramos que essa carga tributária que recaiu sobre os catanduvenses em 2022 foi maior do que a registrada na maioria das cidades de porte semelhante, como Birigui, Guaratinguetá, Ribeirão Pires, Ourinhos e até mesmo Sertãozinho, referência na região de Ribeirão Preto. A Cidade Feitiço só não superou Barretos, que alcançou R$ 139 milhões. Independentemente de quem está à frente ou atrás nesta lista, o que se tem de concreto nesta história é que o peso dos impostos continua massacrando o contribuinte, empreendedores e empresários, o que, numa conta rápida e lógica, impede que a geração de empregos aconteça como o país precisa. Quando alguém falar sobre o tal custo Brasil, é basicamente a isso que essa pessoa deve estar se referindo: a dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que atravancam o crescimento do país e que, segundo a CNI - Confederação Nacional da Indústria, influencia negativamente o ambiente de negócios e encarece os preços da logística e dos produtos, comprometendo investimentos.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.